CartaExpressa

PSOL pede a Moraes a prisão de Bolsonaro e Braga Netto após operação da PF

Os militares presos nesta terça projetavam a criação de um ‘gabinete de crise’ após executarem Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes

PSOL pede a Moraes a prisão de Bolsonaro e Braga Netto após operação da PF
PSOL pede a Moraes a prisão de Bolsonaro e Braga Netto após operação da PF
O ex-ministro da Defesa Braga Netto e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados pediu nesta terça-feira 19 que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determine a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.

A solicitação ocorre horas após a Polícia Federal deflagrarOperação Contragolpe, sobre a trama golpista de 2022.

Os militares presos nesta terça projetavam a criação de um “gabinete de crise” após executarem o então presidente eleito Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes. O comando do grupo ficaria a cargo do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general da reserva Augusto Heleno, e de Braga Netto.

Os detidos discutiram os planos de assassinato na casa de Braga Netto, em 12 de novembro de 2022, segundo o relatório enviado pela PF a Moraes.

“Se os outros componentes do grupo golpista estão presos preventivamente, a prisão do Gen. Braga Netto – um dos conspiradores-mor – se torna imperativa”, diz um trecho do pedido do PSOL. “É urgente que tais episódios sejam investigados pelas instâncias competentes, não só para elucidação do caso, mas também para punição do Sr. Walter Braga Netto – sem dúvida, um dos maiores expoentes do golpismo e do conspiracionismo na história recente da República.”

Em relação a Bolsonaro, os deputados dizem que, ao longo de seu mandato e depois dele, “demonstrou ser um agente ativo e central na articulação de atos criminosos desenvolvidos pela organização criminosa em questão”.

“Sua retórica incendiária durante e após as eleições de 2022 fomentou atos violentos e ilegais contra as instituições democráticas. Mensagens trocadas pelos membros da organização criminosa nos aplicativos Signal e WhatsApp indicam que sua figura era constantemente utilizada como ponto de referência e inspiração para os envolvidos.”

Assinam a peça os deputados do PSOL Erika Hilton, Henrique Vieira, Célia Kakriabá, Luciene Cavalcante, Fernanda Melchionna, Chico Alencar, Glauber Braga, Guilherme Boulos, Ivan Valente, Luiza Erundina, Sâmia Bomfim, Talíria Petrone e Tarcísio Motta, além de Túlio Gadelha, da Rede.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo