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Maior jornal em circulação na França suspende publicações no X

O Ouest-France é o primeiro jornal francês a deixar a rede, poucos dias após o britânico The Guardian, o espanhol La Vanguardia e o sueco Dagens Nyheter abandonarem a plataforma

Maior jornal em circulação na França suspende publicações no X
Maior jornal em circulação na França suspende publicações no X
Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O jornal de maior circulação na França, Ouest-France, suspendeu suas publicações no X nesta terça-feira 19, depois que outros meios de comunicação europeus tomaram uma decisão semelhante, alegando que a rede social do bilionário Elon Musk estava espalhando “desinformação”.

O veículo regional, com sede em Rennes (oeste), declarou em comunicado que não considerava “sensato ou apropriado permanecer ativo [no X] enquanto não sejam tomadas medidas sérias de proteção contra a desinformação, o assédio e a violência”.

O Ouest-France é o primeiro jornal francês a deixar a rede, poucos dias após o britânico The Guardian, o espanhol La Vanguardia e o sueco Dagens Nyheter abandonarem a plataforma.

“Este é o nosso último tuíte, por enquanto. De acordo com nossos valores, decidimos suspender nossas publicações em todas as nossas contas do X”, diz a mensagem publicada na rede social, que afirma ainda que “o X virou as costas para os meios de comunicação e não oferece as condições necessárias para o exercício sereno do jornalismo”, diz o veículo.

O jornal também acusa a rede de Musk de “contribuir para envenenar o debate público, vital para a democracia”.

Em uma decisão “definitiva”, o presidente da direção do jornal, François-Xavier Lefranc, declarou à AFP que a iniciativa foi tomada “de forma bastante unânime” dentro do meio de comunicação.

O Ouest-France já havia reduzido suas publicações no X desde 27 de outubro de 2023, “em protesto contra a ausência de [instâncias de] moderação e regulação”. Mas este ano “notamos que nada foi corrigido” e que “as regras do jogo estão distorcidas”, disse Lefranc.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que rejeita qualquer forma de censura, comprou o Twitter em 2022 por US$ 44 bilhões (R$ 227 bilhões na cotação da época) e o rebatizou de X.

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