Mundo
Putin amplia possibilidade de uso das armas nucleares
Decisão do governo russo é uma resposta ao governo dos EUA, que autorizou a Ucrânia a atacar a Rússia com mísseis norte-americanos de longo alcance


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira (19), no milésimo dia da ofensiva do país contra Ucrânia, o decreto que amplia as possibilidades de uso de armas nucleares, depois que Washington autorizou Kiev a atacar o território russo com seus mísseis de longo alcance.
“Entre as condições que justificam o uso de armas nucleares está o lançamento de mísseis balísticos contra a Rússia”, afirma o decreto
“Era necessário adaptar nossos fundamentos à situação atual”, declarou o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov, em uma referência ao que Putin considera “ameaças” do Ocidente à segurança do país.
Putin alertou em setembro que seu país poderia utilizar armas nucleares em caso de bombardeios aéreos em larga escala contra a Rússia.
Ele também disse que qualquer ataque de um país sem armas atômicas, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência nuclear, como os Estados Unidos, poderia ser considerado uma agressão “conjunta” suscetível de exigir tal medida.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.