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Argentina anuncia assinatura em declaração final do G20, mas rejeita trechos do comunicado

O País rejeitou as propostas vinculadas na Agenda 2030, que prevê 17 objetivos e 169 metas para erradicar a pobreza e promover uma vida digna

Argentina anuncia assinatura em declaração final do G20, mas rejeita trechos do comunicado
Argentina anuncia assinatura em declaração final do G20, mas rejeita trechos do comunicado
O presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O governo da Argentina anunciou, nesta segunda-feira 18, que assinou a declaração final do G20, mas rejeita os trechos que falam sobre a intervenção estatal para enfrentar a fome.

“Sem impedir a declaração dos demais líderes, o presidente Javier Milei deixou claro em sua participação no G20 que não apoia vários pontos da declaração”, disse.

No comunicado, a Argentina rejeitou as propostas vinculadas na Agenda 2030, que prevê 17 objetivos e 169 metas para erradicar a pobreza e promover uma vida digna a todos, abrangendo as dimensões social, ambiental e econômica.

Entre os pontos rejeitados pelo governo argentino estão:

  • a promoção da limitação da liberdade de expressão nas redes sociais;
  • o esquema de imposição e violação da soberania das instituições de governança global;
  • o tratamento desigual perante a lei e, especialmente, a noção de que uma maior intervenção do Estado é o caminho para combater a fome.

“Cada vez que se tentou combater a fome e a pobreza com medidas que aumentassem a presença do Estado na economia, o resultado foi o êxodo da população e do capital, além de milhões de mortes de vidas humanas”, alegou o governo.

“Na luta contra estes flagelos, o presidente Javier Milei tem uma posição clara: se queremos lutar contra a fome e erradicar a pobreza, a solução é passar para o Estado médio”, disse o comunicado argentino.

Mais cedo, a gestão de Milei surpreendeu ao aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo presidente Lula (PT). O governo foi o último país do G20 a referendar a aliança, que foi assinada por 82 países, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.

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