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Propriedade das postagens: como funciona a proteção intelectual no mundo digital

Ambientes virtuais exigem cuidado com conteúdos e marcas; entenda as implicações para empresas e usuários

Propriedade das postagens: como funciona a proteção intelectual no mundo digital
Propriedade das postagens: como funciona a proteção intelectual no mundo digital
Foto: AFP
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Na era digital, a conectividade está presente em todas as áreas da vida, desde as relações pessoais até as atividades empresariais. Com a popularização de ferramentas como aplicativos, sites e contas digitais, o uso correto e seguro de conteúdos tornou-se uma questão central.

Rosa Maria Sborgia, sócia da Bicudo & Sborgia Marcas e Patentes, explica que os novos formatos de comunicação digital também introduziram elementos que necessitam de proteção por propriedade intelectual. “Esses formatos e canais de comunicação criaram estruturas que exigem observação rigorosa para registro em favor da empresa que os desenvolve e para evitar violações de direitos de terceiros”, afirma Sborgia.

Riscos do uso indevido de conteúdo

Ao utilizar conteúdos retirados da internet para redes sociais, sites ou projetos comerciais, é importante lembrar que esses materiais não estão livres de proteção legal. Segundo Rosa Sborgia, a legislação de propriedade industrial, o código civil e criminal, e a lei de direitos autorais são aplicáveis e protegem tanto os direitos autorais próprios quanto os de terceiros.

Sborgia menciona que a cópia ou reprodução de sites é um exemplo frequente de violação. “Um site é identificado pela sua marca e envolve estrutura autoral, dados e informações protegidas pela legislação de propriedade intelectual”, explica.

Proteção de patentes no mundo digital

No universo digital, cada novo desenvolvimento, como algoritmos e softwares, é passível de proteção. No Brasil, por exemplo, é possível registrar um algoritmo aplicado em hardware como patente. Softwares, por sua vez, podem ser patenteados se apresentarem um efeito técnico inovador em um dispositivo.

Para Sborgia, regulamentar a patente de software tem sido um desafio no campo da propriedade intelectual em diversos países. “A criação de uma patente exige novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Identificar e descrever esses elementos em uma patente é complexo”, comenta.

Desafios para a regulamentação e o direito

A complexidade do universo digital e seus códigos, algoritmos e engenharias desafia reguladores e profissionais do direito. Segundo Sborgia, “os órgãos de propriedade intelectual de diversos países enfrentam desafios para adaptar contratos que atendam a interesses diversos.”

Cuidado com os ativos tecnológicos da empresa

Para as empresas digitais, o registro de ativos tecnológicos é essencial para preservar seus direitos e evitar conflitos legais. Esse cuidado protege tanto o desenvolvimento próprio quanto evita a violação de direitos alheios, prevenindo possíveis obrigações financeiras em decorrência de infrações.

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