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Tribunal da Bolívia confirma que Evo Morales não pode concorrer nas eleições presidenciais de 2025

O ex-presidente não reagiu à decisão do Tribunal Constitucional, mas tem afirmado, em diversas ocasiões, que o governo Arce está manipulando o sistema judiciário para bloquear sua candidatura

Tribunal da Bolívia confirma que Evo Morales não pode concorrer nas eleições presidenciais de 2025
Tribunal da Bolívia confirma que Evo Morales não pode concorrer nas eleições presidenciais de 2025
Foto: FERNANDO CARTAGENA / AFP
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O Tribunal Constitucional da Bolívia confirmou a regra que proíbe um presidente de cumprir mais de dois mandatos. A determinação acaba com qualquer possibilidade do ex-presidente de esquerda Evo Morales concorrer novamente nas eleições de 2025.

Em acórdão tornado público na sexta-feira (8), que confirma a decisão proferida em dezembro de 2023, o Tribunal declara que o mandato eletivo poderá ser exercido “apenas por dois períodos, consecutivos ou não, sem possibilidade de prorrogação por um terceiro prazo”.

O acórdão responde a um pedido de um parlamentar, que havia solicitado ao Tribunal que dissipasse qualquer dúvida sobre a interpretação da sua decisão de 2023.

Disputas

Evo Morales e o atual presidente, seu ex-aliado e ministro da Economia Luis Arce, estão competindo pelo controle do partido no poder e pela nomeação para as eleições presidenciais de agosto de 2025.

Evo Morales chegou ao poder em 2006, foi reeleito para o período 2010-2015 e depois, através de uma revisão constitucional criticada pela oposição, para um terceiro mandato de 2015 a 2020.

Ele conseguiu que a Justiça boliviana declarasse a reeleição como um direito humano fundamental, para tentar um quarto mandato para o período 2020-2025.

Manipulações

Acusado de fraude e sob pressão de grandes manifestações da oposição, Morales renunciou pouco depois das eleições de novembro de 2019 e refugiou-se no México e depois na Argentina, antes de voltar à Bolívia onze meses depois.

Evo Morales não reagiu imediatamente à decisão do Tribunal Constitucional. Ele afirmou em diversas ocasiões ser elegível, mas que o governo Arce está manipulando o sistema judiciário para bloquear sua candidatura.

(RFI e AFP)

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