Economia
Líder do governo dispara contra pressão para retirar direitos no corte de gastos
José Guimarães (PT-CE) afirmou que a cobrança parte de ‘forças do mercado e da mídia’. Lula ainda não anunciou as medidas


O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), classificou como “inadmissível” a pressão para que o pacote de corte de gastos a ser anunciado pelo presidente Lula (PT) retire direitos da população. Isso, segundo o parlamentar, comprometeria o programa a partir do qual o campo democrático derrotou Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
A pressão parte, de acordo com Guimarães, de “forças do mercado e da mídia”.
“O governo, no seu tempo, fará as correções e mudanças necessárias nos programas em execução, sem comprometer seu compromisso com o Estado de Bem-Estar Social”, escreveu, nas redes sociais. “Não se submeterá à pressão indevida daqueles que buscam enfraquecer o governo e minar a legitimidade do programa vitorioso nas urnas.”
Na mensagem, o líder governista ainda reforçou que a maioria do País escolheu Lula há dois anos “para promover as mudanças que considera necessárias”.
As discussões no governo sobre quais medidas formarão o pacote de corte de despesas se estendem ao longo desta semana. Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) comandam na tarde desta sexta-feira 8 mais uma reunião com diversos ministros a fim de tentar construir um consenso.
Participam do novo encontro, no Palácio do Planalto, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT); da Casa Civil, Rui Costa (PT); da Educação, Camilo Santana (PT); do Trabalho, Luiz Marinho (PT); da Saúde, Nísia Trindade; do Planejamento, Simone Tebet (MDB); de Gestão e Inovação, Esther Dweck; da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT); e da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.
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