Mundo
A reação dos últimos presidentes democratas à vitória de Trump sobre Kamala
No cargo até janeiro, Joe Biden parabenizou o republicano e o convidou a ir à Casa Branca


Os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama e Bill Clinton se manifestaram na noite desta quarta-feira 6 sobre a vitória de Donald Trump contra Kamala Harris na eleição deste ano.
Obama e Clinton são os dois últimos representantes do Partido Democrata a ocuparem a Casa Branca antes de Joe Biden.
“Obviamente, este não é o resultado que esperávamos”, disse Obama em um comunicado. Ele exerceu dois mandatos, entre 2009 e 2017. “Mas viver em uma democracia significa reconhecer que o nosso ponto de vista nem sempre vai vencer e estar disposto a aceitar a transferência pacífica do poder.”
Ele afirmou que o país passou por diversos acontecimentos nos últimos anos, como a pandemia e mudanças aceleradas.
“Essas condições criaram ventos contrários para os democratas no poder em todo o mundo, e ontem à noite mostraram que os Estados Unidos não estão imunes”, prosseguiu. “A boa notícia é que esses problemas são possíveis de resolver — mas somente se ouvirmos uns aos outros e respeitarmos os princípios constitucionais e as normas democráticas que tornaram este país grandioso.”
Bill Clinton (1993-2001), por sua vez, assinou uma nota com a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Eles declararam sentir orgulho da campanha de Kamala e Walz e disseram esperar que Trump e seu vice J.D. Vance “governem para todos nós”.
“Devemos lembrar que os Estados Unidos são maiores que os resultados de qualquer eleição. E o que nós, como cidadãos, fizermos agora fará a diferença entre uma nação que avança ou uma que retrocede. Precisamos resolver nossos problemas e aproveitar nossas oportunidades juntos. O futuro do nosso país depende de nós.”
No cargo até janeiro de 2025, Joe Biden parabenizou Trump pela vitória e o convidou a ir à Casa Branca, informou o governo nesta quarta. O presidente fará um discurso à nação na quinta-feira para tratar do resultado eleitoral e se manifestar sobre o período de transição, acrescentou a Casa Branca.
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