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As reações de líderes pelo mundo à vitória de Donald Trump nos EUA

Chefes de governo começaram a prestar felicitações nas redes sociais antes mesmo da confirmação do triunfo; leia as principais reações

As reações de líderes pelo mundo à vitória de Donald Trump nos EUA
As reações de líderes pelo mundo à vitória de Donald Trump nos EUA
Apoiadores de Trump na Flórida celebram a vitória após anúncio do canal Fox News – Foto: Jim Watson / AFP
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Líderes políticos de diferentes partes do mundo parabenizaram o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pela vitória eleitoral contra Kamala Harris.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), parabenizou Trump em postagem na rede social X (antigo Twitter). “A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”, destacou o petista.

Um dos primeiros foi o presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que está disposto a trabalhar ao lado de Trump “como fizeram por quatro anos”.

“Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”, acrescentou o chefe de Estado francês na rede social X.

Também pelo X, o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, parabenizou Trump e disse que “a Alemanha e os Estados Unidos trabalham juntos com sucesso há muito tempo para fortalecer a prosperidade e a liberdade. Continuaremos dessa maneira em benefício dos nossos cidadãos”.

O premiê israelense Benjamin Netanyahu também felicitou Trump por seu “retorno histórico à Casa Branca”, poucos minutos após o republicano encaminhar a vitória no país.

“Parabéns pelo maior retorno da história! Seu retorno histórico à Casa Branca oferece aos Estados Unidos um novo começo e um poderoso compromisso com esta grande aliança entre Israel e Estados Unidos”, declarou Netanyahu em um comunicado.

China

A China, por sua vez, adotou postura menos entusiasmada e disse esperar uma “coexistência pacífica” com os Estados Unidos, sem citar a provável vitória de Trump. A mensagem foi divulgada  por uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

“Continuaremos focando e administrando as relações entre China e Estados Unidos com base nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação benéfica para todos”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

“A nossa política em relação aos Estados Unidos tem sido coerente”, acrescentou Mao, que não comentou diretamente a possibilidade de reeleição de Trump.

“A eleição presidencial dos Estados Unidos é um assunto interno dos Estados Unidos”, disse a porta-voz. “Respeitamos a escolha do povo americano”, acrescentou.

“Depois que os resultados das eleições americanas forem divulgados e anunciados oficialmente, trataremos dos assuntos relacionados de acordo com a prática habitual”, acrescentou ao ser questionada se o presidente chinês, Xi Jinping, telefonaria a Trump para felicitá-lo.

Trump e Xi Jinping em um encontro oficial em 2019.
(Foto: Ivanov Artyom / TASS via ZUMA Press)

Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também parabenizou Trump por sua “impressionante vitória”, que ainda depende de confirmação oficial, e disse esperar que sua presidência propicie uma “paz justa na Ucrânia“.

“Nos assuntos internacionais, aprecio a abordagem do presidente Trump da ‘paz através da força’. Este é exatamente o princípio que pode trazer uma paz justa à Ucrânia”, afirmou Zelensky em um comunicado publicado em suas redes sociais.

Trump repetiu em inúmeras ocasiões que é capaz de impor a paz na Ucrânia “em 24 horas”, mas nunca explicou como o faria. Ele também criticou o enorme apoio militar e financeiro fornecido pelo governo Biden para enfrentar a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022. No passado, o republicano também já fez elogios a Putin.

Diante de tudo isso, Ucrânia e UE temem que Trump queira forçar a Ucrânia a negociar a paz com a Rússia, em termos favoráveis a Moscou.

Rússia

A Rússia, comandada por Vladimir Putin, repetiu a linha adotada pela diplomacia chinesa e optou por manter uma distância estratégica da disputa norte-americana. O país foi acusado por autoridades dos EUA de tentar interferir no pleito. Putin e Trump, vale lembrar, tiveram certa proximidade nos últimos anos. Não há, porém, fortes indicações de qual será a postura do republicano no novo governo diante da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Donald Trump e Vladimir Putin em Helsinki (2020). Foto: AFP

Em um comunicado, o Kremlin informou que Putin, ao menos neste momento, não planeja parabenizar Trump pela vitória e que julgará sua presidência “segundo os seus atos”.

“Vamos tirar as nossas conclusões com base nas palavras concretas e em atos concretos”, disse o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, que reafirmou que os EUA e Rússia não são “países amigos”.

Índia

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi outro a se antecipar sobre o resultado eleitoral nos EUA e parabenizar Trump nesta quarta-feira 6. Ele classificou o resultado parcial como uma “vitória eleitoral histórica”.

“Meus mais sinceros parabéns, meu amigo Donald Trump, por sua vitória eleitoral histórica”, escreveu Modi no X.

“À medida que você dá continuidade aos sucessos do seu mandato anterior, espero renovar nossa colaboração”, acrescentou.

Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi outro a se dirigir a Trump em um comunicado em que diz esperar que “a relação especial” entre os dois países “continue prosperando”.

“Como nossos aliados mais próximos, estamos um ao lado do outro na defesa dos nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e empreendedorismo”, afirmou o líder trabalhista na nota.

Turquia

No X, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse esperar que as relações entre Turquia e EUA se fortaleçam com o retorno do republicano à Casa Branca. Ele também mencionou as guerras no Oriente Médio e no leste europeu como temas que precisarão receber atenção do futuro presidente.

“Espero que a relação entre Turquia e os Estados Unidos se fortaleça e que as crises e guerras globais e regionais acabem, em particular a questão palestina e a guerra entre Rússia e Ucrânia”, escreveu o presidente turco em uma mensagem na rede X.

Catar

O emir do Catar, país mediador na guerra de Gaza ao lado dos EUA e que possui a principal base militar americana no Oriente Médio, parabenizou, nesta quarta-feira 6, Donald Trump, que reivindicou sua vitória na eleição presidencial.

“Estamos felizes em trabalhar juntos novamente (…) para avançar nossos esforços comuns em prol da segurança e da estabilidade, tanto na região quanto no mundo”, escreveu o emir Tamim bin Hamad al-Thani em sua conta no X.

Argentina

O presidente argentino, Javier Milei, foi mais um a usar as redes sociais para felicitar o recém-eleito. Ao postar uma foto ao lado de Trump, ele deu os parabéns pela “formidável” vitória.

“Agora, Make America Great Again”, escreveu, citando o slogan de Trump. “Você sabe que pode contar com a Argentina para executar essa tarefa”.

(Com informações de AFP)

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