Economia

Votação de PEC que amplia autonomia do BC deve ficar para 2025, indica Pacheco

Texto está parado na CCJ por decisão do senador Davi Alcolumbre (União-AP)

Votação de PEC que amplia autonomia do BC deve ficar para 2025, indica Pacheco
Votação de PEC que amplia autonomia do BC deve ficar para 2025, indica Pacheco
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
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A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode ampliar ainda mais a autonomia do Banco Central (BC) deverá ficar para o ano que vem. 

Essa é a expectativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, em conversa com jornalistas nesta terça-feira 5, disse que acredita “ser difícil esgotar esse tema até o final do ano”.

O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, por decisão do presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

“Sobre a aprovação na CCJ, é o presidente da CCJ, o senador Davi Alcolumbre, que define o momento da pauta. O meu papel, como presidente do Senado, é, se apreciado e aprovado na CCJ, ter uma definição sobre a pauta de plenário ou não”, resumiu Pacheco.

Do que trata a PEC

Desde 2021, o Banco Central tem autonomia operacional. Significa dizer que o BC não é mais vinculado ao Ministério da Fazenda, como era no passado. Juridicamente, o órgão é uma autarquia pública estatutária, que tem uma natureza especial.

Uma das consequências práticas da autonomia é fazer com que o mandato de quatro anos do presidente do órgão não coincida com o mandato do Presidente da República, evitando, assim, interferências políticas no BC.

A PEC em questão pretende ampliar a autonomia do BC, de modo que o Congresso Nacional fique responsável por supervisionar a gestão administrativa, contábil, orçamentária, financeira, patrimonial e operacional do BC. Pelo texto, o órgão também passaria a ter poder de polícia.

Quando retirou a PEC da pauta da CCJ, Alcolumbre chegou a dizer que o texto seria “polêmico”. Segundo ele, a decisão de pausar o debate foi tomada em comum acordo com os colegas. O relator da proposta é o senador Plínio Valério (PSDB-AM).

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