Mundo

Coreia do Norte dispara mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão

Esse foi o primeiro disparo do regime liderado por Kim Jong Un depois de ser acusado de enviar soldados para a Rússia

Coreia do Norte dispara mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão
Coreia do Norte dispara mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão
Mísseis balísticos de curto alcance da Correia do Norte em direção ao Mar do Japão. Foto: AFP/KCNA via KNS
Apoie Siga-nos no

A Coreia do Norte lançou, nesta terça-feira (noite de segunda, 4, em Brasília), uma salva de mísseis balísticos de curto alcance em direção ao Mar do Japão, também conhecido como Mar do Leste, indicou o Exército da Coreia do Sul.

O Estado-Maior Conjunto de Seul afirmou que detectou o lançamento de “vários mísseis balísticos de curto alcance” às 07h30 do horário local (19h30 de segunda em Brasília) em direção ao Mar do Japão, localizado a leste da Península Coreana.

O gabinete do primeiro-ministro japonês também relatou o lançamento de pelo menos “um suposto míssil balístico” pela Coreia do Norte.

Na quinta-feira passada, o país comunista, dotado de arsenal nuclear, lançou o que seus meios de comunicação oficiais descreveram como seu modelo mais avançado e potente de míssil balístico intercontinental de combustível sólido.

Esse foi o primeiro disparo do regime liderado por Kim Jong Un depois de ser acusado de enviar soldados para a Rússia.

Horas antes desse lançamento, os chefes de defesa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul pediram a Pyongyang que retirasse suas tropas e alertaram que militares norte-coreanos, usando uniformes russos, estavam se preparando para intervir contra a Ucrânia.

No domingo, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão responderam a esse teste com manobras aéreas conjuntas, nas quais participou um bombardeiro B-1B dos EUA.

Kim Yo Jong, a influente irmã do líder norte-coreano, disse nesta terça-feira que esses exercícios eram “uma demonstração factual da natureza hostil e perigosamente agressiva do inimigo” em relação ao seu país.

Em um comunicado publicado pela agência de imprensa oficial KCNA, ela afirmou que isso era “a prova absoluta da adequação e da urgência da estratégia de reforçar suas forças nucleares”.

Ela acrescentou também que “qualquer alteração no equilíbrio de poder entre os rivais na Península Coreana e na região significa guerra”.

Diversos especialistas apontaram que esses testes de armamentos do Norte podem ser uma tentativa de desviar a atenção do envio de tropas à Rússia, com quem Pyongyang estreitou laços desde o início da invasão da Ucrânia.

Eles também sugerem uma tentativa de interferir nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que acontecem na terça-feira.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo