Do Micro Ao Macro
Desemprego recua no terceiro trimestre com impulso de PMEs
Abertura de postos pelas pequenas empresas e setores da indústria e comércio impulsionam a economia brasileira


A economia brasileira segue em recuperação, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre julho e setembro, a taxa de desocupação caiu para 6,4%. Em comparação, no trimestre anterior, essa taxa era de 6,9%, enquanto no mesmo período de 2023, estava em 7,7%. Esse é o segundo menor índice de desocupação registrado desde 2013, quando a taxa chegou a 6,3%.
As micro e pequenas empresas, conforme o Sebrae, têm desempenhado papel central nessa expansão do emprego. Em levantamento recente, o Sebrae apontou que, entre janeiro de 2023 e agosto de 2024, essas empresas geraram mais de 2,25 milhões de vagas em todo o país. Em agosto, por exemplo, foram criadas 232,5 mil novas oportunidades de trabalho.
Além disso, o número de pessoas empregadas no Brasil atingiu um recorde de 103 milhões no período entre julho e setembro. Esse total representa um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, com mais 1,2 milhão de pessoas no mercado de trabalho. Em comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi de 3,2%, equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.
De acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima, o bom momento do mercado de trabalho reflete a condução da política econômica. “Milhões de brasileiros e brasileiras deixaram a invisibilidade, passaram a ter direitos e a estarem incluídos produtivamente”, destaca Lima. Ele acrescenta que o indicador aponta para o “bom momento econômico que o país vive hoje”.
Lima também observa que a inflação está sendo controlada e que o governo tem priorizado a inclusão econômica. Ele afirma: “Esses trabalhadores estão elevando nosso Produto Interno Bruto (PIB) a 3% em 2024 e representam 95% dos CNPJs do país.”
Setores que impulsionaram o crescimento
Neste período, os setores de Indústria e Comércio lideraram as contratações. A Indústria teve um aumento de 3,2% nas vagas, enquanto o Comércio cresceu 1,5%. Juntos, esses setores abriram mais de 709 mil novas oportunidades de trabalho, contribuindo de maneira significativa para o aumento da ocupação no país.
Em termos de rendimentos, o salário médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.227 no trimestre. Além disso, a massa de rendimentos, que soma todas as remunerações, alcançou R$ 327,7 bilhões. Esse montante se manteve estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou um aumento de 7,2% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Com: Agência Sebrae
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.