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Sobe para 19 o número de presos por crimes eleitorais neste 2º turno
Eleitores de 51 cidades no Brasil podem votar até as 17h deste domingo 27


A Polícia Federal (PF) prendeu 19 pessoas por supostos crimes eleitorais nas primeiras horas de votação do segundo turno neste domingo 27.
A informação foi divulgada pela corporação em um boletim atualizado por volta das 14h30. O painel de informações disponibilizados pela PF ainda não detalha quais são os supostos delitos em cada um dos 19 casos. Há menção a quatro casos de boca de urna (Art. 299 – CE) e dois casos de propaganda eleitoral irregular (Art. 39, § 5, inc. III lei Eleitoral – Lei 9504/97).
As ocorrências estão distribuídas em dez estados. São eles:
- MA: 2
- MS: 2
- PB: 2
- PR: 2
- TO: 2
- RJ: 2
- AM: 1
- SE: 1
- SP: 1
- CE: 1
Ainda de acordo com o painel de informações da PF, cinco inquéritos policiais já foram abertos nessas primeiras horas da manhã deste domingo e cinco termos circunstanciados (TCs) foram assinados neste mesmo período. Seis situações flagranciais ainda estão em análise.
A PF confirmou, também, que fez apreensões que somam mais de 54,9 milhões de reais (24 milhões em espécie) e que a maior parte dos crimes apurados são propaganda irregular e compra de votos.
Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, classificou como “tranquila” a manhã de votação:
“A eleição deste segundo turno está sendo muito mais tranquila do que no primeiro. Atribuímos isso aos números [de cidades em que a votação ocorre] e ao trabalho preventivo realizado pelas polícias”, avaliou.
No primeiro turno, a PF conduziu 400 pessoas para delegacias por crimes eleitorais. Naquele dia 6 de outubro, 192 TCs foram lavrados pela corporação e 97 inquéritos policiais foram abertos. Naquele momento, a maior parte dos casos constatados foi de boca de urna.
Entre as duas votações – de 7 a 26 de outubro – a PF também prendeu 449 pessoas, lavrou 204 TCs e abriu 767 inquéritos policiais relacionados a crimes eleitorais. O principal crime, neste caso, é a compra de votos.
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