Durante a pandemia, a FWK Innovation Design, consultoria focada em gestão empresarial, enfrentou uma queda de 45% em sua receita.
Em 2020, a empresa fechou o ano com faturamento de R$ 996 mil. Apesar das dificuldades, o CEO Eduardo Freire já estava familiarizado com desafios, pois havia fundado a empresa com menos de R$ 215 mil, enfrentando dificuldades pessoais e financeiras.
A FWK foi criada com o objetivo de estruturar escritórios de projetos e trabalhar com plataformas PPM. Esse modelo surgiu a partir da dissertação de mestrado de Freire na UFPE.
Ele desenvolveu o conceito de “Project Thinking”, com foco em escalar modelos clássicos de gestão. Para isso, utilizou uma metodologia específica, uma rede engajada e uma plataforma eficaz.
Mesmo com um crescimento médio de 20% ao ano e um faturamento de R$ 1,6 milhão em 2019, a pandemia impactou a receita da empresa. Em resposta, Freire se dedicou ao estudo de governança e estratégia para ampliar a atuação da FWK. Como resultado, a consultoria passou a oferecer soluções que vão desde o planejamento estratégico até a formação de equipes de tecnologia, utilizando o modelo SQUAD AS A SERVICE.
Em 2021, a empresa conseguiu retomar o crescimento e alcançou R$ 4,5 milhões em faturamento. No ano seguinte, esse valor quase chegou a R$ 20 milhões. Durante esse período, a FWK desenvolveu o “Orfeu”, uma plataforma SaaS para gerenciar jornadas de inovação corporativa.
O desenvolvimento da plataforma contou com um investimento interno de R$ 500 mil e um aporte de R$ 680 mil captados pelo programa SESI Tech.
O lançamento do Orfeu ocorreu no Alpha Program, durante o Web Summit em Lisboa. No entanto, Eduardo Freire percebeu a necessidade de ajustes no modelo de negócios.
Por isso, ele se mudou para o Vale do Silício e, após analisar o mercado, decidiu reposicionar a empresa para recuperar sua essência.
Em 2023, a FWK passou por uma reestruturação significativa e expandiu sua atuação para novos mercados, como o segmento de “death care”, que movimenta R$ 13 bilhões por ano.
Além disso, a consultoria criou um hub de inovação no Learning Village, da HSM, em São Paulo. Esse movimento visou fortalecer a presença da empresa e preparar o terreno para sua expansão internacional em 2025.
Nos últimos dois anos, a FWK investiu R$ 2,5 milhões no desenvolvimento de seu ecossistema, criando 20 startups com operações nos Estados Unidos, Portugal e Brasil.
Essas startups operam com produtos próprios e já possuem faturamento. Além disso, a empresa mantém o FWK Labs, um laboratório localizado no Instituto Senai de Tecnologia em Maracanaú-CE, voltado para desenvolver soluções de inteligência artificial para seus clientes.
A FWK já prestou serviços para empresas como Três Corações, Hapvida, CTG Brasil, Sebrae, Senac, Farmácias Pague Menos, Porto Seguro, Banco BMG, Caixa e Dell.
O “Project Thinking” é a base da abordagem da empresa, que busca transformar a gestão de projetos e processos de inovação.
A FWK se posiciona como uma consultoria que oferece serviços desde o planejamento estratégico até a execução de soluções digitais.
Freire acredita que o diferencial está na capacidade de adaptação e inovação constante. Assim, a FWK foca em empresas que desejam transformar suas operações. Segundo ele, a chave para o sucesso é entender e aplicar estratégias de maneira eficaz, mesmo em cenários desafiadores.