Economia

Silveira diz que quebra de contrato com a Enel resultaria em ônus aos consumidores de SP

Cinco dias depois do apagão, 91 mil imóveis da região metropolitana continuam sem o fornecimento de energia

Silveira diz que quebra de contrato com a Enel resultaria em ônus aos consumidores de SP
Silveira diz que quebra de contrato com a Enel resultaria em ônus aos consumidores de SP
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião semipresencial para análise da PEC 32/2022. Chamada PEC da Transição, a proposta visa à garantia de recursos para programas sociais no Orçamento da União de 2023, em meio à passagem entre os governos Bolsonaro e Lula. A proposta permitirá a continuidade do pagamento do Bolsa Família/Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. Em pronunciamento, à mesa, relator da PEC 32/2022, senador Alexandre Silveira (PSD-MG). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silva (PSD), voltou a criticar a Enel pelo apagão que deixou ao menos 2 milhões de clientes sem luz na Grande São Paulo, mas descartou a possibilidade de romper o contrato com a distribuidora, sob alegação de que a medida resultaria em “aumento de ônus ao consumidor”.

As declarações foram concedidas em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira 16, em Brasília. Cinco dias depois do apagãocerca de 91 mil imóveis da região metropolitana de São Paulo continuam sem o fornecimento de energia.

O ministro considerou ainda a possibilidade de uma intervenção na concessionária.

“Todo mundo perguntando ‘não vai fazer caducidade’? Alguém tem dúvida de que se esse fosse o caminho, uma possibilidade real, se pudesse ser feito sem quebra de contrato, sem judicialização, sem aumentar o ônus para o consumidor, o ministro já não teria feito?”, questionou Silveira.

Na prática, a cassação do contrato ocorre somente após recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica. Cabe à Aneel dizer se a empresa tem descumprido obrigações contratuais e não tem condições de manter a oferta dos serviços. A hipótese foi aventada por autoridades em razão da demora no restabelecimento da energia em São Paulo.

O ministro também garantiu que os serviços da Enel serão plenamente retomados até esta quinta-feira 17, data-limite fixada pelo MME.

Silveira ainda classificou como “frouxo e obsoleto” o contrato com a empresa. Segundo ele, o documento vigente livra a Enel da responsabilidade por apagões em casos de eventos climáticos severos.

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