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Quaest: Após apagão, Nunes tem 12 pontos de vantagem sobre Boulos no 2º turno de São Paulo
O instituto entrevistou os eleitores entre domingo e terça-feira


Uma pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira 16 aponta que, a 11 dias do segundo turno, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera a disputa em São Paulo com 45% das intenções de voto, contra 33% de Guilherme Boulos (PSOL).
Brancos e nulos somam 19%, enquanto 3% estão indecisos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
O instituto realizou as entrevistas entre o domingo 13 e a terça-feira 15. Captou, portanto, os primeiros efeitos eleitorais do apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas na Grande São Paulo sem energia elétrica após as chuvas da última sexta.
Segundo a concessionária Enel, havia cerca de 90,8 mil imóveis sem luz na região até o início da tarde desta quarta, mais de 100 horas depois do temporal.
Na modalidade espontânea, em que não são apresentados aos entrevistados os nomes dos candidatos, Nunes registra 38%, ante 28% de Boulos. Indecisos vão a 26% e brancos/nulos a 8%.
Entre os paulistanos que votaram em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, Nunes desponta com 74% das intenções de voto, contra apenas 13% de Boulos. No eleitorado de Tabata Amaral (PSB), 54% migram para o candidato do PSOL e 23% indicam preferência pelo emedebista.
Terceiro colocado em 6 de outubro, Marçal recebeu 1.719.274 votos (28,14% do total de votos válidos). Tabata, por sua vez, conquistou 605.552 votos (9,91%) e terminou na quarta posição.
O levantamento também mediu a decisão sobre o voto. No caso de Nunes, 86% responderam que a opção é definitiva, enquanto 14% admitiram uma alteração. No eleitorado de Boulos, os índices são, respectivamente, de 85% e 15%.
A Quaest entrevistou 1.200 eleitores da capital paulista para o levantamento, contratado pela TV Globo. O registro no Tribunal Superior Eleitoral é SP-05735/2024.
Horas antes da Quaest, o Paraná Pesquisas divulgou sua sondagem atualizada. Neste caso, Nunes lidera por 13 pontos: 52,8% contra 39% das intenções de voto no cenário estimulado.
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