Sociedade
Ônibus são usados como barricadas por facções criminosas no Rio
Zona Oeste da cidade é alvo de ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope)


Integrantes de facções criminosas usaram ônibus do transporte público como “barricadas” durante operação policial nesta quarta-feira 16 em Itanhangá, bairro da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Pelo menos nove veículos foram desviados, segundo o último levantamento do sindicato das empresas de transporte coletivo (Rio Ônibus).
Segundo relato de moradores da região, após deixarem os veículos bloqueando a via, os integrantes das facções retiraram as chaves dos veículos e fugiram em direção a uma área de mata.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram os coletivos impedindo a circulação de veículos de médio e grande porte. Apenas pessoas a pé, de bicicleta ou de moto conseguem romper o bloqueio.
A Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram enviadas para atuar na comunidade conhecida como Tijuquinha, que fica na mesma área, nesta manhã. “O objetivo é evitar disputas territoriais entre grupos rivais na região”, afirmou a Secretaria, em nota.
O episódio causou o bloqueio da Estrada da Barra da Tijuca, segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro. No início da tarde, com o tráfego desviado para outras vias, ainda havia registro de engarrafamentos no local.
Um levantamento do Rio Ônibus aponta que mais de 130 veículos foram usados como barricadas nos últimos 12 meses da cidade.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

O que são as milícias e como elas evoluíram no Rio de Janeiro
Por CartaCapital
Decisões favoráveis a policiais frustram famílias de vítimas no Rio
Por Agência Brasil