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Enel: 100 mil pessoas estão sem energia em São Paulo
Segundo a concessionária, apenas uma pequena parcela desse grupo – de 7,6 mil imóveis – seria formada por afetados diretamente pelo apagão de sexta-feira 11
        
        Cerca de 100 mil pessoas seguem sem energia elétrica na cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira 16. Do total, apenas 7,6 mil casos estariam relacionados diretamente aos efeitos do apagão que atingiu a capital paulista na última sexta-feira 11. Os demais usuários, sustenta a empresa, enfrentariam problemas causados por outros tipos de ocorrências não detalhadas pela companhia.
“As equipes atuam, desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado e para aqueles que ingressaram com chamados de falta de luz ao longo dos últimos dias”, afirmou a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento do serviço.
Não há previsão oficial de retorno da energia.
Desde o apagão iniciado na semana – o segundo de grandes proporções em um intervalo de menos de um ano -, a Enel passou a ser alvo de críticas não apenas dos usuários, mas do governo de São Paulo e do governo federal.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, chegou a dizer que a empresa é “incompetente” e que “tem que sair o Brasil”.
“Está claro que ela [a Enel] é incompetente. Está claro que ela não se preparou para fazer investimento. Está claro que ela não se preparou para gerir a distribuição de energia no estado de São Paulo. Está claro que ela tem que sair daqui. Sair do Brasil”, afirmou Tarcísio, durante um evento na capital.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aproveitou o episódio para disparar críticas à empresa, dizendo que a estratégia da Enel de cortar postos de trabalho sob alegação de estar modernizando o sistema “beirou a burrice“.
“Não adianta você modernizar seu parque de distribuição sendo que, quando o problema é físico, por mais que você, da sua central, tente religar a rede, você não vai conseguir, [já que] o problema é físico. Você tem que ter gente para estar lá”, disse Silveira, na última segunda-feira 14. “Faltou planejamento e beirou a burrice”, sintetizou.
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