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3 mitos sobre os evangélicos no Brasil que você precisa parar de acreditar

Os evangélicos no Brasil são um grupo diverso e dinâmico, mas ainda alvo de estereótipos. Desmistifique cinco mitos comuns sobre eles.

3 mitos sobre os evangélicos no Brasil que você precisa parar de acreditar
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O crescimento da população evangélica no Brasil é um dos fenômenos socioculturais mais marcantes das últimas décadas. No entanto, apesar de sua crescente presença, a comunidade evangélica ainda é alvo de muitos estereótipos e equívocos. Esses mitos distorcem a compreensão pública sobre um grupo diverso e dinâmico. Confira abaixo cinco mitos comuns sobre os evangélicos que precisam ser desmistificados.

  1. Todos os evangélicos pertencem à mesma igreja

Um dos mitos mais disseminados é a ideia de que os evangélicos formam um bloco homogêneo, todos pertencentes a uma única igreja ou com crenças uniformes. Na realidade, o universo evangélico é extremamente plural. Ele abrange desde igrejas históricas, como a Batista e a Presbiteriana, até as chamadas igrejas pentecostais e neopentecostais, como a Assembleia de Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus. Dentro dessas denominações, há variações significativas em termos de doutrina, prática e teologia. Por exemplo, enquanto algumas igrejas focam em uma teologia mais tradicional, outras, como muitas do movimento neopentecostal, pregam a Teologia da Prosperidade, que associa fé à prosperidade financeira e sucesso material.

  1. Evangélicos são sempre conservadores em questões sociais

Embora seja verdade que muitos evangélicos defendem posições conservadoras em questões como o casamento homoafetivo e o aborto, é um erro reduzir todo o grupo a essa perspectiva. Existem vertentes progressistas dentro do movimento evangélico que defendem causas sociais como a luta pelos direitos humanos, a justiça social e o combate à pobreza. A chamada “Frente Evangélica pelo Estado de Direito”, por exemplo, reúne pastores e líderes que advogam por um Estado laico e se posicionam contra discursos de intolerância. Além disso, igrejas como a Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo, são conhecidas por adotar uma postura mais inclusiva e aberta ao diálogo com questões contemporâneas.

  1. O movimento evangélico é recente no Brasil

Embora o crescimento explosivo dos evangélicos tenha ocorrido nas últimas décadas, o movimento não é recente no Brasil. A presença evangélica remonta ao século 19, com a chegada de missionários protestantes, e as primeiras igrejas evangélicas estabelecidas no país datam dessa época. Igrejas como a Igreja Presbiteriana do Brasil, fundada em 1859, e a Igreja Batista, estabelecida em 1871, têm mais de um século de história. Nos últimos 50 anos, o movimento ganhou força com a expansão das igrejas pentecostais e neopentecostais, mas é importante lembrar que sua história é antiga e multifacetada.

Os mitos sobre os evangélicos no Brasil contribuem para uma visão distorcida de um grupo extremamente diverso, que desempenha um papel cada vez mais central na vida social e política do país. Para evitar simplificações e promover um diálogo mais informado, é crucial entender as diferentes ramificações, teologias e práticas que compõem o movimento evangélico. Compreender essas nuances é fundamental, especialmente em um país onde a religião exerce grande influência nas decisões políticas e culturais.

Se você deseja se aprofundar no tema e entender melhor esse movimento que impacta milhões de brasileiros, inscreva-se no curso “Brasis Evangélicos”, oferecido por CartaCapital em parceria com o Instituto de Estudos da Religião (ISER). 

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