Política

Flávio Dino decide manter a suspensão das emendas parlamentares

O ministro apontou que é inviável o restabelecimento dos pagamentos até que decisões do STF sejam cumpridas

Flávio Dino decide manter a suspensão das emendas parlamentares
Flávio Dino decide manter a suspensão das emendas parlamentares
Ministro Flávio Dino durante sessão da Primeira Turma do STF. Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF
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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quinta-feira 10 manter as emendas parlamentares suspensas. O ministro apontou que o governo e o Congresso ainda não cumpriram as determinações do STF para dar mais transparência aos repasses.

A decisão de Dino é logo após a segunda audiência de conciliação sobre o tema entre representantes do Senado, da Câmara dos Deputados, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em sua decisão, Dino afirmou que “à vista das carências quanto ao cumprimento das determinações judiciais, permanece inviável o restabelecimento da plena execução das emendas parlamentares no corrente exercício de 2024″.

O ministro ainda criticou a falta de ações concretas e o fato de que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal “limitaram-se a apontar que soluções hão de ser definidas em Projeto de Lei Complementar (PLP), cuja tramitação sequer iniciou”.

“Permanece o grave e inaceitável quadro de descumprimento da decisão do Plenário do STF que, em 2022, determinou a adequação das práticas orçamentárias ao disposto na Constituição Federal”, concluiu.

Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP 8 e RP 9 são inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continua em descumprimento. Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a condução do caso.

Em agosto deste ano, Dino determinou que as emendas devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também mandou a Controladoria-Geral da União (CGU) auditar os repasses realizados pelos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

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