Política
As intenções de votos em Nunes e Boulos no 2º turno em SP, segundo pesquisa FESPSP
Levantamento contou com 1.500 entrevistas realizadas entre os dias 7 e 9 de outubro
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem vantagem eleitoral de cerca de 15 pontos percentuais contra o deputado Guilherme Boulos (PSOL) neste segundo turno. A conclusão é da pesquisa da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), divulgada nesta quinta-feira 10.
Segundo o levantamento, Nunes tem 51,4% das intenções de voto, ante 35,9% de Boulos. Quem pretende votar em branco ou anular o voto no dia 27 de outubro soma 8%. Há, ainda, 4,7% que indicam que não sabem ou preferem não responder.
Os dados que indicam os mais de 15 pontos de vantagem para o atual prefeito são da pesquisa estimulada. No levantamento espontâneo, quando os nomes dos dois candidatos não são apresentados aos eleitores, Nunes tem 46,9% e Boulos soma 33,6%. Há 10% que não sabem responder e 7,4% que indicam voto em branco ou nulo. A pesquisa mostra que um grupo de 1,8% de eleitores indica candidatos que não disputam o segundo turno.
A pesquisa também mediu as intenções de voto em cada candidato quando eles são associados aos seus padrinhos políticos. Nunes foi testado ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e Boulos ao lado de Lula (PT). Veja os resultados:
- Ricardo Nunes apoiado por Jair Bolsonaro: 49,0%;
- Guilherme Boulos apoiado por Lula: 38,5%;
- Branco / Nulo / Nenhum: 7,7%;
- Não sabe / Não respondeu: 4,7%.
A FESPSP também testou os nomes dos padrinhos, sem apresentar as candidatura. Lula, neste caso, tem vantagem:
- Vota em candidato apoiado por Lula: 29,8%;
- Vota em candidato apoiado por Bolsonaro: 24,4%;
- Vota em candidato apoiado por Tarcísio: 8,2%;
- Isso não é importante: 32,2%.
- Não sabem e não responderam: 5,4%.
A pesquisa ouviu 1.500 eleitores da cidade de SP entre os dias 7 e 9 de outubro e tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o SP-02679/2024. Na pesquisa, há cenários em que os percentuais totais somam pouco menos de 100% por conta do arredondamento.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
‘Tivemos problemas com cadeiras na eleição, mas nunca uma vazia’, diz Boulos sobre ausência de Nunes em debate
Por CartaCapital
Voto de quem ‘fez o M’ não é óbvio e Boulos deve disputá-lo
Por Orlando Silva
Marçal diz que não apoiará Nunes e projeta que Boulos vencerá o segundo turno
Por CartaCapital