Mundo
Campanha de Kamala arrecada US$ 1 bilhão em disputa contra Trump
Doações superaram expectativas desde que Joe Biden desistiu da corrida pela Casa Branca
Enquanto Kamala Harris e Donald Trump disputam voto a voto a preferência do eleitorado dos Estados Unidos, em outra arena a candidata democrata ganha com certa folga do republicano: na arrecadação de recursos para a campanha.
A imprensa norte-americana indicou, nesta quarta-feira 9, que a campanha de Kamala conseguiu mais de 1 bilhão de dólares desde que ela assumiu a linha de frente do Partido Democrata, após a desistência do presidente Joe Biden.
Segundo o jornal The New York Times, jamais um candidato amealhou tanto dinheiro em tão pouco tempo. Biden anunciou a sua saída da disputa em 21 de julho, passando o bastão para Kamala. Um mês depois, os quase cinco mil delegados democratas nomearam a vice-presidente como candidata oficial à Casa Branca.
Ainda de acordo com a publicação, o valor arrecadado por Kamala já supera o total de recursos injetados na campanha de Trump ao longo de 2024.
Historicamente, as campanhas presidenciais nos Estados Unidos costumam obter mais dinheiro à medida que as eleições se aproximam. No caso de Kamala, chama a atenção o ritmo de arrecadação, desde antes de sua indicação.
Em julho, por exemplo, o Partido Democrata anunciou ter arrecadado 310 milhões de dólares para a campanha, mas a maior parte desse valor – 200 milhões – entrou no caixa na semana seguinte ao anúncio da desistência de Biden.
A confirmação do vice de Kamala, Tim Walz, foi outro fato marcante. Nas 24 horas seguintes ao anúncio, a sigla recebeu 36 milhões de dólares para a campanha.
Outro episódio de destaque foi o debate entre Kamala e Trump, realizado pela rede CNN em 10 de setembro. O dia seguinte ao debate, do qual a democrata saiu vencedora, fez com que outros 47 milhões de dólares fossem doados à campanha.
Custos nas alturas
Tanto os democratas quanto os republicanos sabem que as doações de recursos são importantes por um motivo basilar: a campanha eleitoral dos EUA é a mais cara do mundo.
Segundo dados do Center for Responsive Politics (Centro para a Política Responsiva), uma organização sem fins lucrativos que monitora o tema, as eleições norte-americanas de 2020 tiveram um custo estimado de 14 bilhões de dólares – quase 80 bilhões de reais, pela cotação da época.
O montante envolve não apenas os gastos com a disputa presidencial, mas aquilo que é investido nas eleições para a Câmara, o Senado e outros cargos. Na conta, é significativa a fatia exigida na corrida pela Casa Branca: segundo a organização, foram 4 bilhões de dólares só nas campanhas presidenciais.
Pela legislação norte-americana, os candidatos podem receber doações diretas de pessoas físicas e de empresas, embora haja um limite de doação.
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