Sociedade
Freira brasileira é premiada pela Agência da ONU para Refugiados
Rosita Milesi dirige o Instituto Migrações e Direitos Humanos
A freira católica brasileira Rosita Milesi foi laureada nesta quarta-feira com o prestigiado Prêmio Nansen, atribuído pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados, por seu trabalho em favor desta comunidade e das pessoas deslocadas.
Irmã Rosita, de 79 anos, ajudou milhares de pessoas no Brasil a ter acesso a documentos, à habitação e ao mercado de trabalho durante mais de 40 anos, destacou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
“Decidi me dedicar aos migrantes e aos refugiados. Inspiro-me na necessidade crescente de ajudar, acolher e integrar os refugiados”, disse a freira, citada em comunicado.
“Não tenho medo de agir, mesmo que não consigamos tudo o que queremos”, acrescentou.
A freira dirige o Instituto Migrações e Direitos Humanos, uma agência humanitária.
O Acnur destacou seu trabalho como advogada, afirmando que ela foi “essencial” para o desenvolvimento da legislação brasileira, contribuindo para melhorar os direitos dos refugiados e alinhá-los aos padrões internacionais.
Outras quatro pessoas também foram premiadas em nível regional.
A população da Moldávia também recebeu uma menção honrosa por seus esforços coletivos para abrigar mais de um milhão de pessoas que fugiram da guerra na vizinha Ucrânia.
Os prêmios serão entregues durante uma cerimônia em Genebra, no dia 14 de outubro.
Criado em 1954, o prêmio de 100 mil dólares (554 mil reais na cotação atual) leva o nome do explorador polar norueguês Fridtjof Nansen, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1922 e primeiro alto comissário para refugiados da Liga das Nações, precursora da ONU.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



