Política

Após campanha tumultuada, Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) vão ao 2º turno em João Pessoa

O deputado Ruy Carneiro (Podemos) foi o terceiro colocado

Após campanha tumultuada, Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) vão ao 2º turno em João Pessoa
Após campanha tumultuada, Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) vão ao 2º turno em João Pessoa
Cícero Lucena (PP) e Marcelo Queiroga (PL) disputam o segundo turno pela prefeitura de João Pessoa. Foto: Prefeitura de João Pessoa / Divulgação | Câmara dos deputados
Apoie Siga-nos no

Alvejado por denúncias que resultaram na prisão de aliados e de sua esposa, o prefeito Cícero Lucena (PP) disputará o segundo turno em João Pessoa, capital da Paraíba, contra Marcelo Queiroga (PL).

Com 100% das urnas apuradas, Lucena marca 49,16%, ante 21,77% de Queiroga, ex-ministro da Saúde sob Jair Bolsonaro (PL).

O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) obteve 16,68%, em terceiro lugar. Luciano Cartaxo (PT), Camilo Duarte (PCO) e Yuri Ezequiel (UP) também foram desbancados.

Lucena iniciou sua vida política na década de 1990, quando foi eleito vice-governador da Paraíba. Chegou a assumir o Executivo estadual por nove meses após a renúncia do governador Ronaldo Cunha Lima para disputar uma cadeira no Senado. O prefeito já havia governado a capital paraibana entre 1996 e 2004. Depois, exerceu mandato de senador.

Ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga tem 58 anos, formou-se em Medicina na Universidade Federal da Paraíba e tem especialização em cardiologia. Chegou a ser indicado por Bolsonaro para uma vaga na Agência Nacional de Saúde Suplementar e também foi presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia por dois anos.

Os eleitores de João Pessoa foram às urnas neste domingo em meio a investigações da Polícia Federal que miram uma suposta influência de facções criminosas na disputa pela prefeitura e por cadeiras na Câmara Municipal.

Até aqui, as apurações indicam a existência de um possível esquema criminoso em que integrantes da gestão municipal viabilizariam a nomeação de servidores comissionados indicados por membros de facções. Em troca, aliados de Lucena receberiam apoio político e controle de territórios nas eleições.

Segundo a PF, a primeira-dama Lauremília Lucena seria a responsável por gerenciar os pedidos dos cargos e contratações na prefeitura, onde não tem cargo oficial. Ela foi presa em 28 de setembro, mas teve a prisão revogada três dias depois pela Justiça Eleitoral.

No início de setembro, Cartaxo, Queiroga e Ruy pediram à Justiça Eleitoral que o pleito contasse com tropas federais. O trio relatava dificuldades para fazer campanhas em muitas comunidades porque estaria sendo impedido por facções e atribuía a represália a uma suposta relação do prefeito com essas organizações.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo