Em Belém, Igor Normando e Éder Mauro vão ao segundo turno

A eleição municipal de Belém em 2024 terá uma disputa entre direita e extrema-direita, com Igor Normando (MDB) e Éder Mauro (PL) indo ao segundo turno. Normando, apadrinhado pelo governador Helder Barbalho, teve 44,89% dos votos válidos, contra 31,48% de Mauro, apoiado por Jair Bolsonaro.

O resultado deixa de fora o incumbente, Edmilson Rodrigues (PSOL), que termina a eleição com menos de 10% dos votos.

Primeiro filiado ao PSOL a assumir uma capital, o prefeito amargou uma baixa popularidade ao longo do mandato, em boa parte causada por problemas na coleta de lixo, que ele atribuiu ao desmonte de uma ‘máfia’ que controlava o setor.

Rodrigues encerra no seu terceiro mandato como prefeito. Antes, quando era filiado ao PT, comandou a cidade entre 1997 e 2004.

A disputa em Belém é acompanhada com atenção pelo Planalto. No ano que vem, a capital paraense sediará a COP30, a cúpula das Nações Unidas voltada ao debate sobre as mudanças climáticas. Trata-se do maior evento sobre clima do planeta e Lula quer usá-lo como vitrine da Amazônia e do compromisso do governo com o meio ambiente.

Quem é Igor Normando

Nascido em Belém, Normando é atualmente deputado estadual do Pará. Foi vereador de Belém de 2013 a 2019 e secretário da Cidadania do Pará de 2023 a 2024. Ele é primo do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Criticado pela ligação com Helder, o emedebista chegou a dizer que sua “história” o credencia como candidato, não a relação de parentesco.

Quem é Éder Mauro

Éder Mauro, atuou como delegado de polícia em Belém por 30 anos, de 1984 a 2014, quando foi eleito pela primeira vez como deputado federal pelo Pará. Já disputou o cargo de prefeito de Belém em 2016, ficando em terceiro lugar, com 16% dos votos válidos. Em 2018, foi reeleito deputado federal.

O político, alinhado ao bolsonarismo, ganhou destaque em 2020 por ter gasto 102 mil reais de sua cota parlamentar no aluguel de lanchas. Na Câmara dos Deputados, ele faz parte tanto da bancada da bala quanto da bancada evangélica.