Política
PGR pede que STF arquive inquérito contra Renan Calheiros e Eduardo Braga
A manifestação de Paulo Gonet ocorre após a Polícia Federal indiciar os senadores
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento de um inquérito contra os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL). O caso envolve a suspeita de recebimento de propina para favorecer interesses do grupo farmacêutico Hypermarcas (atual Hypera Pharma).
Ao solicitar o fim do processo, o procurador-geral Paulo Gonet apontou falta de provas. A Polícia Federal, por sua vez, indiciou os parlamentares.
O ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) também foi acusado, mas seu caso tramita na Seção Judiciária do Distrito Federal.
“Não há evidências que demonstrem que os parlamentares foram os destinatários finais das vantagens ilícitas, nem elementos que transcendam uma mera demonstração de proximidade entre Milton de Oliveira Lyra Filho e José Renan Vasconcelos Calheiros”, defendeu Gonet.
O inquérito tramitou por seis anos e foi encaminhado pela PF ao Supremo Tribunal Federal em setembro, aos cuidados do ministro Edson Fachin, que pediu a manifestação da PGR.
De acordo com a acusação, Renan, Braga e Jucá teriam recebido valores que, somados, chegariam a 20 milhões de reais. Em troca, teriam trabalhado para favorecer a companhia em um projeto de lei sobre incentivos fiscais entre 2014 e 2015. Os três políticos negam a imputação apresentada pela PF.
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