CartaExpressa

Às vésperas das eleições, Gilmar Mendes proíbe bloqueio dos fundos partidário e de campanha

O decano do STF considerou que a penhora dos valores fere a paridade entre as candidaturas. Liminar será apreciada pelos demais integrantes da Corte

Às vésperas das eleições, Gilmar Mendes proíbe bloqueio dos fundos partidário e de campanha
Às vésperas das eleições, Gilmar Mendes proíbe bloqueio dos fundos partidário e de campanha
O ministro Gilmar Mendes, decano do STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, proibiu nesta terça-feira 1º o bloqueio judicial de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha durante o período eleitoral.

A cinco dias do pleito, o magistrado argumentou que a penhora dos valores é inconstitucional porque “fere a paridade entre as candidaturas”. Os tribunais do País receberão cópias da decisão, que servirão de instrução para desembargadores e juízes de primeiro grau, de acordo com o ministro.

Gilmar ainda remeteu seu despacho à análise do plenário do Supremo. Cabe à presidência da Casa definir quando o tema seja discutido.

“O emprego de instrumento como a penhora pelo Estado-juiz, no curso das campanhas eleitorais, em face dos partidos políticos e das candidaturas tem elevado potencial de transgredir o dever de neutralidade e, em consequência, violar a paridade de armas e liberdade de voto”, sustentou o decano.

O magistrado analisou uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro contra liminar da Justiça de São Paulo que mandou bloquear verbas de campanha durante o período eleitoral deste ano.

Leia a decisão: 

decisogilmar

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo