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Exército libanês se retira da fronteira sul antes de possível invasão de Israel

Israel lançou uma campanha de bombardeio aéreo contra os redutos do grupo islamista no Líbano no início deste mês

Exército libanês se retira da fronteira sul antes de possível invasão de Israel
Exército libanês se retira da fronteira sul antes de possível invasão de Israel
Ataque aéreo israelense nos arredores da vila de Ibl al-Saqi, no sul do Líbano. Foto: Rabih Daher/AFP
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O Exército libanês ordenou, nesta segunda-feira 30, a retirada e um “reposicionamento tropas” na fronteira sul do País. A decisão acontece enquanto crescem as especulações sobre uma eventual ofensiva militar terrestre israelense contra o Hezbollah.

Segundo a rede local Al Manar, afiliada ao Hezbollah, “disparos sionistas de artilharia” foram produzidos perto das localidades fronteiriças de Wazzani, Vale Khiam, Alma al Shaab e Naqura, e a agência nacional de notícias libanesa relatou “tiros de artilharia significativos contra Wazzani”.

Estas aldeias estão localizadas em frente a cidades israelenses declaradas “zona militar fechada” pelo Exército de Israel horas depois de o ministro da Defesa israelense ter insinuado que poderiam ser realizadas operações terrestres contra o Hezbollah.

Israel lançou uma campanha de bombardeio aéreo contra os redutos do grupo islamista no Líbano no início deste mês.

O Hezbollah começou a disparar foguetes contra o norte de Israel em 8 de outubro de 2023, afirmando atuar em apoio ao movimento islamista palestino Hamas, em guerra contra o Exército israelense na Faixa de Gaza.

O conflito eclodiu devido ao ataque dos islamistas palestinos no sul de Israel em 7 de outubro.

O que diz os EUA

Principal apoiador e financiador de Israel, os EUA afirmaram que o exercito israelense executa “atualmente” operações terrestres “limitadas” contra o Hezbollah no sul do Líbano, perto da fronteira.

“Fomos informados que atualmente executam o que dizem que são operações limitadas contra infraestruturas do Hezbollah perto da fronteira”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

“Temos mantido conversas com eles sobre estas operações, mas o calendário, o objetivo, o ritmo destas operações (…) Deixemos que sejam eles os que falem”, disse. O porta-voz se negou a dar detalhes das conversas e deixou que Israel “fale de suas operações militares”.

Anteriormente, o presidente americano, Joe Biden, deu a entender que se opõe às operações israelenses no Líbano e pediu um cessar-fogo em meio a uma tensão extrema depois que Israel matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Washington reagiu com satisfação à notícia da morte do líder do Hezbollah. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse, nesta segunda, que o mundo está “mais seguro sem ele”, embora tenha pedido uma desescalada e uma solução diplomática no Líbano.

(Com informações da AFP).

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