Do Micro Ao Macro
Seguro Cyber: Como proteger empresas de ataques de vírus e hackers
Entenda como o seguro cyber pode ajudar sua empresa a lidar com incidentes cibernéticos e quais medidas tecnológicas adotar


Empresas enfrentam diariamente o risco de ataques cibernéticos. Mesmo com sistemas de segurança robustos, muitos ataques conseguem passar despercebidos.
Um dos fatores que contribuem para isso é o desalinhamento entre as áreas operacionais e a equipe de tecnologia. Isso cria vulnerabilidades que os criminosos aproveitam.
Apesar dos investimentos em segurança da informação, os hackers estão sempre se atualizando. Por isso, é necessário adotar soluções preventivas e corretivas para reduzir os riscos.
O papel do seguro cyber
Uma das soluções corretivas mais eficazes é o seguro cyber. Ele oferece proteção financeira em caso de incidentes cibernéticos, como roubo de dados, interrupção de serviços e ataques de hackers.
Esse seguro cobre despesas relacionadas à recuperação de dados, notificações de violação e interrupções nas operações. Além disso, muitas apólices oferecem suporte 24 horas para lidar com incidentes de segurança.
Cristina Camillo, sócia da Camillo Seguros, explica que o seguro cyber pode ajudar as empresas a reduzir perdas financeiras e gerenciar riscos de forma mais eficaz.
Limitações do seguro cyber
Embora o seguro cyber ofereça uma rede de proteção, ele não impede a ocorrência de ataques. Sua função principal é cobrir as consequências financeiras, mas não garante que a empresa não será afetada.
Algumas seguradoras, no entanto, oferecem serviços adicionais. Avaliações de vulnerabilidades e treinamentos podem ser incluídos, ajudando a prevenir riscos.
Medidas de proteção além do seguro
O seguro cyber não cobre todas as perdas financeiras. Por isso, as empresas devem adotar outras medidas de proteção, como políticas de segurança de dados, firewalls, criptografia e autenticação de dois fatores.
Camillo destaca que a contratação do seguro depende do perfil da empresa. As seguradoras avaliam fatores como políticas de segurança, infraestrutura e tratamento de dados para definir a cobertura.
Sequestro de dados e o seguro cyber
O seguro cyber também cobre incidentes de sequestro de dados, conhecidos como ransomware. Nesse tipo de ataque, os hackers criptografam os dados e exigem um resgate.
A maioria das apólices cobre tanto os custos de recuperação quanto, em alguns casos, o pagamento do resgate. Isso depende da empresa ter adotado medidas adequadas de segurança.
Se a seguradora aprova a demanda, ela cobre os custos dentro dos limites da apólice. No entanto, exige que a empresa tenha medidas de segurança razoáveis.
Proteção tecnológica para reduzir riscos
Além do seguro, as empresas devem adotar medidas tecnológicas. Júlio Rodrigues, diretor de Infraestrutura e Segurança da Confirp Contabilidade, sugere algumas práticas importantes.
Entre as principais estão definir regras claras de segurança. Isso inclui senhas fortes, atualizações frequentes e políticas de acesso restrito.
Outro ponto é optar por servidores na nuvem, hospedados em datacenters confiáveis. Essas estruturas oferecem proteção física e lógica avançada.
Além disso, é importante utilizar antivírus robusto e atualizado. Manter softwares operacionais legalizados também ajuda a garantir a segurança, pois esses sistemas recebem atualizações regulares.
Outras práticas importantes
Rodrigues também recomenda segmentar a rede da empresa. Isso limita o acesso a áreas críticas e minimiza o impacto de uma eventual violação.
Redes físicas e Wi-Fi devem seguir boas práticas de segurança. Usar criptografia e firewalls é essencial para proteger o tráfego de dados.
Ele ressalta ainda a importância de ter um plano de detecção e contenção de incidentes. Um sistema de backup confiável também é necessário para garantir a continuidade dos negócios.
Outros fatores de segurança
Marco Lagoa, CEO da Witec IT, destaca outras medidas para fortalecer a segurança. O controle de acesso físico às estações de trabalho é fundamental para proteger os dados.
Além disso, o controle de acesso à rede de dados deve ser rigoroso. Isso inclui a autenticação de múltiplos fatores e o monitoramento de logs de acesso.
Lagoa sugere ainda o uso de firewalls, anti-spam e filtros de DNS para bloquear ameaças externas. Aplicar essas práticas ajuda a reduzir o risco de violações e complementa o seguro cyber.
Ao adotar essas práticas, as empresas fortalecem sua postura de segurança e minimizam os riscos de ataques cibernéticos.
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