Política
O que se sabe sobre o ataque a tiros contra a candidata a vereadora Léo Áquilla em São Paulo
O carro da apresentadora foi alvejado na zona norte da capital paulista
Candidata a vereadora em São Paulo, a apresentadora de televisão Léo Áquilla (MDB) foi alvo de um ataque a tiros na noite da quinta-feira 26. Ela não ficou ferida.
A agressão aconteceu enquanto ela passava de carro pela Rodovia Presidente Dutra, no bairro de Parque Novo Mundo, zona norte da capital paulista, acompanhada de um assessor, que também não sofreu ferimentos.
Em nota nas redes sociais, a equipe da candidata confirmou que tiros atingiram o carro. “Léo está abalada no momento, mas assim que possível se pronunciará”, complementou o texto. Até as 15h30 desta sexta 27, ela não havia se pronunciado publicamente.
Ainda na noite de quinta, após o ataque, ela deu entrevista à TV Globo e contou que parou o carro para prestar socorro a um homem, entendendo que havia ocorrido uma batida.
“Ele veio no acostamento na contramão, em direção ao meu carro”, contou. “Quando me abaixei, ele deu o primeiro tiro, que pegou o vidro do meu carro.”
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, um motociclista simulou uma colisão com o carro da candidata. Ela e o assessor desceram do veículo para verificar o que tinha acontecido e, então, começaram os disparos.
Segundo o portal Metrópoles, Léo Áquilla chegou a fingir que tinha sido atingida e se jogou no chão para induzir o agressor a acreditar que ela estava morta. O homem fugiu.
A Polícia Civil informou que realiza diligências para identificar o autor dos disparos. O caso foi registrado como tentativa de homicídio.
“Eu tenho recebido muitas ameaças, porque combato LGBTfobia, combato transfobia, defendo a comunidade, e vivo recebendo ameaças. Já pedi que as autoridades me dessem escolta, ninguém acreditou em mim. Estão esperando que realmente me matem, como quase aconteceu hoje?!”, indagou na entrevista à Globo.
Quem é Léo Áquilla
Jornalista e youtuber, Léo Áquilla ficou conhecida por participações em programas televisivos em canais como RedeTV, SBT e Record.
Desde 2006, ela tenta a sorte na política, candidatando-se a deputada federal, deputada estadual e vereadora por diversas vezes. Contudo, nunca conseguiu se eleger. Antes do MDB, passou por outros partidos, como PSC, PTB e PSL (todos já extintos ou incorporados por outras legendas).
Em 2023, assumiu a Coordenação de Políticas para LGBTI+ da prefeitura de São Paulo – é a primeira mulher trans a ocupar o cargo.
Denúncia de transfobia em hotel
A candidata divulgou na última semana um vídeo sobre um ataque transfóbico que sofreu. Ela foi impedida de se hospedar em um hotel também na zona norte da capital paulista.
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Após o episódio, registrado em vídeo, Áquilla acionou a polícia e os responsáveis foram detidos em flagrante.
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