Do Micro Ao Macro
Empresas brasileiras planejam aumentar contratações no final de 2024
Pesquisa revela que 43% das companhias no Brasil têm intenção de contratar no 4º trimestre deste ano


As empresas brasileiras demonstram forte intenção de contratar mais funcionários até o final de 2024, conforme mostra um levantamento do ManpowerGroup.
O Brasil subiu posições no cenário global e já ocupa o 4º lugar entre os países que mais planejam aumentar suas equipes.
A pesquisa também detalha as regiões e setores que mais devem gerar novas vagas, além dos desafios de encontrar profissionais qualificados.
Expectativa de crescimento nas contratações
De acordo com a pesquisa, 43% das empresas no Brasil planejam contratar no quarto trimestre de 2024.
O país subiu seis posições no ranking global, ocupando agora o 4º lugar.
A expectativa líquida de emprego, que representa a diferença entre empresas que pretendem contratar e as que planejam reduzir pessoal, chegou a 32%.
Esse aumento é de cinco pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre, quando o índice foi de 27%.
Destaques por estados e setores
Minas Gerais e São Paulo se destacam como os estados com maior intenção de contratação.
Minas Gerais apresentou uma expectativa de 35%, enquanto São Paulo registrou 30%.
Entre os setores, Energia e Serviços de Utilidade Pública lideram, com 40% de expectativa de novas vagas.
Tecnologia da Informação segue logo atrás, com 38%.
Cenário global e setores com maiores contratações
No cenário global, o Brasil aparece ao lado de países como Índia, Costa Rica e EUA. A Índia lidera o ranking, com 37%, seguida pela Costa Rica, com 36%, e os EUA, com 34%.
O setor de Tecnologia da Informação se mantém na liderança global. Pelo oitavo trimestre consecutivo, 35% das empresas esperam contratar nesse setor.
Escassez de talentos e capacitação de funcionários
Mesmo com o aumento na expectativa de contratações, 80% das empresas brasileiras ainda enfrentam dificuldades para encontrar trabalhadores com as habilidades necessárias.
O setor mais impactado é o de Energia e Serviços de Utilidade Pública, seguido por Saúde, Indústria e Tecnologia da Informação.
Em resposta, muitas empresas estão investindo em capacitação. O objetivo é desenvolver habilidades técnicas e comportamentais que atendam às demandas do mercado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.