Do Micro Ao Macro
Após dois meses de queda, bares e restaurantes registram alta nas vendas em agosto
Após dois meses de queda, o setor mostra sinais de recuperação em 22 estados


O volume de vendas em bares e restaurantes cresceu 4% em agosto, de acordo com o Índice Abrasel-Stone. Essa alta interrompe dois meses consecutivos de queda no setor.
Esse resultado traz um cenário mais positivo para o mercado de alimentação fora de casa. Dos 24 estados analisados, 22 mostraram aumento nas vendas, reforçando a recuperação.
Destaque para alguns estados
Em comparação ao mesmo período de 2023, o índice registrou um aumento de 2%. O Rio de Janeiro teve o maior crescimento, com 6,5% a mais nas vendas.
Além disso, outros estados, como Rio Grande do Sul (5,7%), Alagoas e Tocantins (4,9%) e Santa Catarina (4,7%), também apresentaram resultados positivos.
Por outro lado, Maranhão e Rio Grande do Norte foram os únicos estados a registrar queda, ambos com retração de 0,6%.
Perspectivas para o fim de ano
Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, comentou que o aumento de vendas em agosto gera expectativas otimistas para o fim do ano. Ele acredita que fatores como a alta nas temperaturas e o pagamento do 13º salário podem impulsionar ainda mais o setor.
Outro ponto mencionado foi o impacto das festas de fim de ano, que geralmente trazem maior movimento aos bares e restaurantes.
Contratação de novos funcionários
Uma pesquisa realizada pela Abrasel em julho revelou que 29% dos empresários do setor planejam contratar novos funcionários. Isso é visto como uma preparação para o aumento de demanda nos próximos meses.
As funções mais procuradas incluem auxiliares de cozinha, com 68% da demanda, seguidos por atendentes e garçons, ambos com 51%.
Renda disponível favorece o setor
Matheus Calvelli, cientista de dados da Stone, explicou que o aumento das vendas está ligado à maior renda disponível das famílias. Com o crescimento da massa salarial e o desemprego em queda, as pessoas estão conseguindo quitar suas dívidas.
Essa melhora no orçamento familiar abre espaço para mais consumo discricionário, o que é favorável ao setor de bares e restaurantes.
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