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Venezuela pede que Espanha mude de postura sobre reeleição de Maduro

O Congresso espanhol exigiu que o chefe de governo Pedro Sánchez reconhecesse González como vencedor das eleições

Venezuela pede que Espanha mude de postura sobre reeleição de Maduro
Venezuela pede que Espanha mude de postura sobre reeleição de Maduro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em pronunciamento em 29 de julho de 2024. Foto: AFP/Presidência da Venezuela
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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, informou nesta terça-feira 17 que pediu ao seu par espanhol, José Manuel Albares, que Madri “retifique imediatamente” a postura adotada após a reeleição do presidente Nicolás Maduro.

Em conversa telefônica, Albares exigiu a confirmação da identidade, das acusações e dos locais de reclusão dos dois cidadãos espanhóis presos por suposta participação em um plano para matar Maduro.

“A Venezuela não vai tolerar uma escalada das agressões e interferências a partir da Espanha, que se tornou nos últimos anos um refúgio de terroristas e criminosos ligados ao fascismo em nosso país”, publicou Gil em seu canal no Telegram.

“Esperamos que o governo espanhol retifique imediatamente, condene o terrorismo de forma inequívoca e assuma os compromissos que lhe correspondem no âmbito do direito internacional”, continuou o chanceler.

Autoridades venezuelanas anunciaram no último sábado a prisão dos dois espanhóis, de três americanos e de um tcheco, acusados pelo governo de participação em um plano de magnicídio. Hoje, foi anunciada a prisão de outro americano.

Albares insistiu em que os detidos “não têm qualquer vínculo com nenhum órgão público espanhol, muito menos com o CNI [agência de inteligência da Espanha]”, e informou que está em contato com as famílias dos presos.

Maduro foi proclamado reeleito para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição, que reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia, asilado na Espanha.

O Congresso espanhol exigiu que o chefe de governo Pedro Sánchez reconhecesse González como vencedor das eleições de 28 de julho, o que ele não fez, embora tenha recebido o candidato no palácio de La Moncloa.

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