Mundo
Putin determina aumento nas tropas da Rússia para 1,5 milhão de soldados
Decreto deve elevar em 180 mil soldados o contigente das forças russas, levando o país a ter o segundo maior efetivo do mundo
Frente ao avanço da guerra com a Ucrânia, a Rússia aumentará o efetivo de suas tropas. A determinação consta de um decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin nesta segunda-feira 16.
É a terceira vez que Putin determina o aumento do efetivo desde que a guerra começou, em fevereiro de 2022. Na primeira, ainda no início do conflito, o incremento foi de 137 mil oficiais. Já a segunda, imposta no fim do ano passado, elevou o número em 170 mil. Agora, a ideia de Putin é inflar as tropas em 180 mil agentes.
Segundo o governo russo, a medida entrará em vigor em 1º de dezembro.
O novo número poderá fazer a Rússia ter o segundo maior contingente do mundo. Segundo dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a China lidera o ranking, com cerca de 2 milhões de soldados na ativa. Os Estados Unidos, por sua vez, têm 1,3 milhão.
Putin pretende aumentar o efetivo sem precisar fazer uma mobilização na Rússia. De acordo com o governo, o crescimento ocorrerá por meio do serviço militar anual, de soldados contratados e da participação de voluntários.
A medida concreta sucede a breve batalha retórica intensificada por Putin na semana passada. O governo russo acusou os Estados Unidos de flexibilizar a regra que, por ora, impede a Ucrânia de usar mísseis de longo alcance.
Segundo o Kremlin, se o uso fosse permitido, a situação “mudaria substancialmente a essência e a natureza do conflito”. Na prática, para Putin, “isso significará que os países da Otan, os EUA e os Estados europeus estão lutando contra a Rússia”.
Ao menos no discurso, Washington nega que pretenda autorizar o uso de mísseis de longo alcance, mas a questão esteve na pauta de uma reunião recente entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.
Uma dos caminhos possíveis seria liberar a Ucrânia para recorrer a modelos europeus que usam como base tecnologias norte-americanas.
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