Política

‘Sem chão’, diz viúva após TJ conceder prisão domiciliar para bolsonarista que matou petista

O ex-policial penal Jorge Guaranho estava preso desde 2022

‘Sem chão’, diz viúva após TJ conceder prisão domiciliar para bolsonarista que matou petista
‘Sem chão’, diz viúva após TJ conceder prisão domiciliar para bolsonarista que matou petista
Marcelo Arruda (à esquerda) foi assassinado por bolsonarista em 2022. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A viúva de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) assassinado em 2022 pelo bolsonarista Jorge Guaranho, lamentou a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná de acolher um habeas corpus e conceder prisão domiciliar ao ex-policial penal.

Pamela Silva disse estar “sem chão” e “com medo”. 

“A sensação de injustiça com a família é imensa”, afirmou ao UOL, nesta sexta-feira 13. “A gente não tem palavras para dizer o que está acontecendo. Porque, além de perder o Marcelo, de ser vítima de toda uma situação, a gente foi pego de surpresa.”

Na quinta-feira 12, a Primeira Câmara Criminal do TJ-PR autorizou a prisão domiciliar para Guaranho, que deverá usar tornozeleira eletrônica.

Ele estava preso desde agosto de 2022 no Complexo Médico Penal de Pinhais. O bolsonarista é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio que resultou em perigo comum, e deve ir a julgamento em fevereiro de 2025.

Segundo o TJ, o local onde ele estava preso não tinha condições de oferecer a assistência necessária, o que justificaria a domiciliar. 

A família de Marcelo Arruda, por sua vez, acredita que Guaranho não “tem condições de conviver em sociedade” e que ele “não aceita a diferença”. 

O assassinato aconteceu em 9 de julho de 2022, durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, cujo tema era o então candidato a presidente Lula (PT).

No evento, Guaranho passou em frente ao salão de festas onde ocorria a festa, gritando “aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”. Houve uma discussão entre os dois. Depois, o ex-policial voltou ao policial e atirou contra Arruda.

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