Política

Esther Dweck assume interinamente o Ministério dos Direitos Humanos

Decisão foi anunciada após a demissão de Silvio Almeida, denunciado por assédio sexual

Esther Dweck assume interinamente o Ministério dos Direitos Humanos
Esther Dweck assume interinamente o Ministério dos Direitos Humanos
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, vai acumular dois ministérios e vai assumir, interinamente, o comando do Ministério dos Direitos Humanos. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira 6.

O presidente Lula (PT) nomeou Esther após demitir Silvio Almeida por denúncias de assédio sexual. O caso foi revelado na véspera pelo site Metrópoles – logo depois, a ONG Me Too confirmou ter recebido relatos. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, seria uma das vítimas.

Segundo o Palácio do Planalto, ela vai acumular as funções até a definição de um novo nome para chefiar a pasta de Silveira. Antes de Dweck ser anunciada, a principal cotada para assumir de forma interina era Rita de Oliveira, secretária-executiva do ministério. Ela, entretanto, pediu demissão antes mesmo de ser nomeada.

O agora ex-ministro nega todas as acusações e as classifica as denúncias como “mentiras” e “ilações absurdas”. Horas antes da demissão, o governo formalizou a abertura de procedimentos de investigação contra Almeida.

O principal deles tramita na Comissão de Ética da Presidência, onde ele terá dez dias para se explicar. A CGU e a AGU participam da apuração.

Em outra frente, a Polícia Federal também instaurou uma investigação sobre o caso. Nesta sexta, a corporação pediu formalmente à Me Too Brasil, à AGU e à CGU informações detalhadas sobre as denúncias.

No comunicado formalizando a demissão do ministro, o Planalto classificou como “insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”.

“O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota.

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