Cultura
Morre aos 83 anos Sergio Mendes, referência do samba-jazz brasileiro
O compositor foi um dos principais expoentes da música brasileira no exterior


O pianista, compositor e arranjador Sergio Mendes morreu nesta sexta-feira 6, aos 83 anos. Um dos principais nomes das últimas décadas da música brasileira e conhecido pela influência do jazz, Mendes faleceu em Los Angeles, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada.
Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, Mendes começou a carreira na década de 1960, influenciado pela Bossa Nova. Músicos como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell foram parceiros musicais de Mendes.
Ele ficou amplamente conhecido pela versão da música Mas Que Nada, de Jorge Ben Jor. A versão ganhou repercussão no exterior, ampliando o conhecimento da cena musical internacional sobre a produção brasileira.
Mendes também participou do histórico concerto de artistas brasileiros no Carnegie Hall, em Nova York, em 1962. O evento marcou o lançamento definitivo da música brasileira no cenário internacional.
Logo após o começo do regime militar, em 1964, Mendes se mudou para os Estados Unidos. Foi por lá que criou o icônico grupo Brasil’ 66, vendendo mais de um milhão de cópias do álbum Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66.
No EUA, Sergio Mendes também participou de apresentações ao lado do cantor Frank Sinatra.
No início dos anos 1990, ganhou o prêmio Grammy de música internacional pelo álbum Brasileiro, com canções de Carlinhos Brown. Em 2012, eles retomaram a parceria na música Real in Rio, que chegou a concorrer ao Oscar pela animação Rio, de Carlos Saldanha.
Em nota, o presidente Lula (PT) se solidarizou com familiares, fãs e amigos do músico. “Sergio Mendes foi um dos maiores expoentes e divulgadores da nossa música e cultura no mundo”, disse.
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