Mundo
Adolescente de 14 anos é indiciado por assassinato de 4 pessoas em escola nos EUA
O jovem enfrenta quatro acusações de homicídio agravado após ter matado dois colegas, também de 14 anos, e dois professores


Um adolescente de 14 anos foi indiciado nesta quinta-feira 5 pelo assassinato de quatro pessoas na escola de ensino médio onde estudava, localizada no sul dos Estados Unidos, conforme anunciaram as autoridades locais.
O jovem enfrenta quatro acusações de homicídio agravado após, supostamente, ter matado na quarta-feira dois colegas, também de 14 anos, e dois professores da Apalachee High School, no estado da Geórgia.
Citando fontes anônimas, a CNN informou que o pai do adolescente lhe deu como presente de Natal a arma usada no ataque, aparentemente um rifle de assalto.
O Escritório de Investigações da Geórgia já havia informado que o suspeito será julgado como adulto.
O adolescente deverá comparecer ao tribunal na sexta-feira, e espera-se que mais acusações sejam feitas.
“A investigação sobre o ataque a tiros na Apalachee High School continua ativa e em andamento”, disse a agência em uma mensagem na rede social X, acrescentando que as quatro vítimas passariam por autópsias nesta quinta-feira.
Ataque a tiros em escolas são frequentes nos Estados Unidos, onde há mais armas do que habitantes e as regulamentações são frouxas, mesmo para a compra de rifles militares.
Nos últimos meses, tem havido um debate sobre a responsabilidade dos pais em massacres, especialmente aqueles cometidos por menores de idade.
“Como você pode ter um rifle de assalto, uma arma em casa, sem estar trancada, sabendo que seu filho sabe onde ela está?”, questionou o presidente Joe Biden nesta quinta-feira, em conversa com jornalistas.
“Os pais devem ser responsabilizados se permitirem que seus filhos tenham acesso a essas armas”, acrescentou o presidente.
Em abril, os pais de um adolescente que matou quatro pessoas em um ataque a tiros em uma escola foram condenados a penas de 10 a 15 anos de prisão, em um caso sem precedentes.
Pesquisas mostram que a maioria dos eleitores apoia controles mais rigorosos sobre o uso e a compra de armas de fogo, mas um poderoso grupo de lobby se opõe a mais restrições, e o Congresso não consegue chegar a um consenso.
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