CartaExpressa

Por decisão de Alcolumbre, PEC da autonomia do BC fica para depois da eleição

A votação do texto tem sido adiada desde julho, sem que haja um acordo firmado com o governo federal

Por decisão de Alcolumbre, PEC da autonomia do BC fica para depois da eleição
Por decisão de Alcolumbre, PEC da autonomia do BC fica para depois da eleição
Créditos: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), retirou da pauta desta quarta-feira 4 a análise do relatório da proposta de emenda à Constituição que concede autonomia financeira, técnica, administrativa e orçamentária ao Banco Central.

O BC já tem autonomia operacional, concedida pela Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021. Agora, a PEC diz buscar “a garantia de recursos para que atividades relevantes para a sociedade sejam executadas sem constrangimentos financeiros, tanto para a instituição quanto para o Tesouro Nacional”.

Alcolumbre afirmou que o texto é “polêmico” e argumenta ter sido instado por colegas a deixar a votação para depois das eleições municipais.

“Achei por bem não pautar”, resumiu. “Foi uma decisão pessoal desta presidência, mas não foi unilateral, foi ouvindo vários senadores que não poderiam estar aqui para deliberar o assunto no dia de hoje.”

A votação do texto, no entanto, tem sido adiada desde julho, sem que haja um acordo firmado com o governo federal.

O impasse envolve a autonomia do orçamento da autarquia. O Executivo sugeriu ao senador Plínio Valério (PSDB-AM), relator da PEC, que o orçamento seja definido pelo Conselho Monetário Nacional, o que é visto por ele com ressalvas. O tucano apresentou uma nova versão de seu relatório na terça-feira 3, momento em que declarou que seu trabalho estaria completo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo