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ONU lança “SOS mundial” para alertar sobre risco de catástrofe ambiental em ilhas do Pacífico

O nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico

ONU lança “SOS mundial” para alertar sobre risco de catástrofe ambiental em ilhas do Pacífico
ONU lança “SOS mundial” para alertar sobre risco de catástrofe ambiental em ilhas do Pacífico
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, visita a praia de Lalomanu, afetada pelo tsunami, na costa leste, a cerca de 60 quilômetros da capital de Samoa, Apia, em 22 de agosto de 2024. Foto: Manaui Faulalo / AFP
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lançou, nesta terça-feira (noite de segunda, 26, em Brasília), um “SOS mundial” em uma cúpula de ilhas do Pacífico, onde apresentou um relatório que revela uma elevação acelerada do nível do mar na região.

“Estou em Tonga para emitir um SOS mundial – Salvem Nossos Mares – sobre a rápida elevação dos níveis do mar. Uma catástrofe em escala mundial está colocando em risco este paraíso do Pacífico”, declarou.

As ilhas do Pacífico, pouco povoadas e com pouca indústria pesada, geram menos de 0,02% das emissões globais anuais de CO₂.

No entanto, o conjunto de ilhas vulcânicas e atóis de coral está cada vez mais ameaçado pela elevação do nível dos oceanos.

Desde a década de 1990, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) monitora os mareógrafos – instrumentos que medem e registram os movimentos das marés – instalados nas praias do Pacífico.

Aumentos acima da média

O informe divulgado pela organização de monitoramento climático revela que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico.

Segundo o relatório, a média mundial foi de 9,4 centímetros.

“É cada vez mais evidente que estamos ficando sem tempo para reverter a maré”, advertiu a argentina Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.

O aumento do nível do mar em alguns locais, como Kiribati e Ilhas Cook, foi similar ou um pouco abaixo da média mundial.

Mas em outros lugares, como as capitais de Samoa e Fiji, a elevação foi quase o triplo da média.

Segundo os cientistas, Tuvalu, um país insular de baixa altitude, poderia desaparecer nos próximos 30 anos, mesmo em um cenário de aquecimento global moderado.

“É um desastre atrás do outro, e estamos perdendo a capacidade de reconstruir, de suportar outro ciclone ou outra inundação”, disse à AFP Maina Talia, ministro do Clima de Tuvalu. “Não devemos fechar os olhos às mudanças climáticas e ao aumento do mar”, insistiu.

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