Política

Ameaça de morte, fraude e coação: As novas acusações contra o presidente do partido de Pablo Marçal

Processo sigiloso contra Leonardo Avalanche foi revelado neste domingo pelo site ‘G1’

Ameaça de morte, fraude e coação: As novas acusações contra o presidente do partido de Pablo Marçal
Ameaça de morte, fraude e coação: As novas acusações contra o presidente do partido de Pablo Marçal
Marçal e Leonardo Avalanche, candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB e presidente do partido - Foto: Reprodução/Instagram
Apoie Siga-nos no

Semanas após a divulgação de áudios em que afirmava ter relações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o presidente do PRTB, partido de Pablo Marçal, é alvo, agora, de denúncia sobre ameaças de morte, fraude e coação em meio à disputa pelo comando do partido.

A informação foi apresentada neste domingo 25 pelo blog da jornalista Daniela Lima, no site G1. A publicação teve acesso a registros de boletim de ocorrência e à declaração feita em cartório pela ex-vice-presidente do partido, Rachel Carvalho, que afirma ter sido uma das vítimas das ameaças, junto a outras pessoas que atuavam na cúpula da legenda.

Carvalho afirma que antigos integrantes do partido foram coagidos a deixar os cargos que ocupavam para abrir espaço para o grupo de Avalanche. Insinuações sobre “frequentar mais o cemitério” e “se despedir de seus familiares” são citadas nos documentos aos quais a jornalista teve acesso.

Ainda de acordo com o G1, o caso foi levado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 19 de julho, em processo que corre sob sigilo. Os documentos citados foram anexados ao processo, assim como conversas por WhatsApp em que há outras supostas ameaças.

Rachel Carvalho tenta, junto ao Tribunal, retomar o controle do partido que está nas mãos de Avalanche, alegando que seu grupo se desfiliou somente por conta das ameaças. A ex-dirigente integra os quadros da legenda há anos, e atuou com Levy Fidelix, fundador do PRTB, que morreu em 2021.

Outro lado

Ao site, a defesa de Leonardo Avalanche afirma que as acusações feitas por Raquel Carvalho não têm “provas concretas”, e que, na ação, ela tenta “invalidar um ato [de desfiliação] que foi realizado de forma voluntária e consciente”.

“As alegações vazias e destituídas de elementos probatórios não podem ser utilizadas para desconstituir a validade de um ato jurídico perfeito, especialmente quando esse ato foi realizado de forma regular e sem qualquer indício de irregularidade. Assim, deve-se rejeitar essa acusação por falta de provas”, prossegue a defesa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo