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Supremo da Venezuela valida a vitória de Maduro na eleição: ‘Inquestionável’

A oposição não reconhece o resultado, aponta fraude e afirma que Edmundo González Urrutia derrotou o chavista

Supremo da Venezuela valida a vitória de Maduro na eleição: ‘Inquestionável’
Supremo da Venezuela valida a vitória de Maduro na eleição: ‘Inquestionável’
TSJ da Venezuela confirma vitória de Nicolás Maduro, em 22 de agosto de 2024. Foto: Federico Parra/AFP
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O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, a principal Corte do país, confirmou nesta quinta-feira 22 a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição de 28 de julho, reconhecida também pelo Conselho Nacional Eleitoral.

A oposição, por sua vez, alega fraude no processo e cobra a divulgação das atas. Segundo a decisão judicial desta quinta, porém, “todo o material eleitoral ficará sob controle do Tribunal Supremo”.

As atas exibem os resultados em cada mesa de votação de cada seção eleitoral. Cada documento apresenta um código exclusivo, a data e a hora em que foi impresso, uma marca d’água do CNE e as assinaturas dos mesários e dos observadores presentes.

Em uma plataforma na internet, a oposição sustenta que Edmundo González Urrutia teria vencido Maduro por 67% a 30%. Por outro lado, o CNE ratificou o triunfo do presidente por 51,9% a 43% dos votos.

A juíza do TSJ Caryslia Rodríguez, a quem coube ler a decisão nesta quinta, afirmou que González Urrutia não compareceu a audiências convocadas pelo tribunal, desacatou a Justiça e, por isso, está sujeito a sanções.

“Esta sala certifica de forma inquestionável o material eleitoral pericial e valida os resultados da eleição presidencial de 28 de julho de 2024, emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral, na qual o cidadão Nicolás Maduro Moros foi eleito presidente da República Bolivariana da Venezuela para o período constitucional 2025-2031. Assim se decide”, diz a sentença.

A principal liderança da oposição, María Corina Machado, publicou uma mensagem nas redes sociais pouco antes do anúncio. “A Missão da ONU sobre a Venezuela emite uma nova declaração afirmando que tanto ‘o TSJ como o CNE carecem de imparcialidade e independência, e têm desempenhado um papel dentro da máquina repressiva do Estado”, escreveu.

Segundo Machado, “não há manobra que possa conferir um pingo de legitimidade a Nicolás Maduro, face ao golpe de Estado contra a Constituição que pretendem perpetrar”.

González Urrutia também se manifestou pelas redes e declarou que “a soberania reside de forma intransferível no povo” e que “os órgãos do Estado emanam da soberania popular e a ela estão sujeitos”.

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