Mundo
Israel anuncia detenção de quatro pessoas por ‘incidentes terroristas’ contra palestinos na Cisjordânia
Ataque classificado como ‘incidente terrorista’ foi realizado por quase 100 colonos, com facas e armas, na localidade palestina de Jit em 15 de agosto; violência causou a morte de ao menos um jovem palestino
A polícia e o serviço de inteligência de Israel anunciaram nesta quinta-feira que quatro pessoas foram detidas, incluindo uma menor de idade, suspeitas de envolvimento em “incidentes terroristas contra palestinos” durante um ataque letal contra a localidade Jit, na Cisjordânia ocupada, na semana passada.
“Foi um incidente terrorista grave, com edifícios e veículos incendiados, pedras e coquetéis molotov atirados. Um palestino morreu e outro ficou ferido”, afirma um comunicado.
Os suspeitos estão detidos e a investigação continua, acrescenta o documento.
Quase 100 colonos com facas e armas, segundo testemunhas, atacaram a localidade palestina de Jit em 15 de agosto. O Ministério da Saúde palestino informou que o ataque matou um palestino de 23 anos.
O ataque gerou uma onda de condenações internacionais e locais.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza em 7 de outubro, a violência aumentou na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.
Pelo menos 640 palestinos da Cisjordânia ocupada morreram em ações do Exército ou de colonos israelenses em 10 meses, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais do Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.
Do lado israelense, 19 pessoas, incluindo soldados, morreram em ataques que envolveram palestinos, segundo dados divulgados pelas autoridades do país.
Entre 7 de outubro e 12 de agosto, a ONU registrou 1.250 ataques de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia, incluindo 120 que deixaram vítimas palestinas e mil com danos materiais.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



