Política
Associação repudia ataque de Eduardo Bolsonaro a delegado da PF
No começo deste mês, a associação de delegados acionou a Justiça contra o deputado
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) publicou, nesta sexta-feira 16, uma nota de repúdio contra as falas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O ‘filho 03’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para atacar o delegado Fábio Shor, que está à frente da investigação de inquéritos relatados por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“A imunidade parlamentar não autoriza qualquer pessoa a propagar acusações infundadas e ofensas que têm o objetivo de constranger o Delegado que atuou no estrito cumprimento do dever legal, visando a desqualificar o trabalho técnico e independente realizado pela Polícia Federal”, diz o texto da ADPF.
Além do filho de Bolsonaro, a nota mira nos também deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Gilberto Silva (PL-PB). “Associação clama que o Poder Judiciário e o parlamento brasileiro ajam com rigor e imponham as sanções necessárias para frear essa escalada de ataques que coloca em risco não apenas a reputação, mas também a segurança do Delegado e de sua família”, completou o texto.
No começo deste mês, a associação de delegados acionou a Justiça contra o deputado. A reação envolve uma série de ataques à PF feito por Eduardo nos últimos meses. Ele se referiu à corporação em março como “cachorrinhos de Moraes”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.


