Economia

Galípolo diz que alta da Selic ‘está na mesa’ do Copom

Apesar disso, o diretor afirmou que o BC não forneceu nenhum tipo de indicação sobre o que será feito nas próximas reuniões

Galípolo diz que alta da Selic ‘está na mesa’ do Copom
Galípolo diz que alta da Selic ‘está na mesa’ do Copom
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
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O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, não descartou a possibilidade de uma alta na Selic, a taxa básica de juros. “A alta está na mesa, sim, do Copom e a gente quer ver como isso vai se desdobrar”, disse nesta segunda-feira 12 em um evento promovido pela consultoria Warren Rena, em São Paulo.

Apesar das falas, o diretor afirmou que o BC não forneceu nenhum tipo de indicação sobre o que será feito nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

A interpretação de que o Copom deve aumentar a taxa de juros no próximos encontros é após a ata da última reunião, realizada no dia 31 de julho, ser divulgada.

No documento, o Copom afirma que ‘não hesitará em elevar a taxa de juros’ nos próximos encontros caso considere a ação necessária para manter a inflação dentro da meta.

A decisão do grupo em manter a taxa em 10,5%, patamar que coloca o Brasil na terceira pior posição de um ranking de juros global, foi duramente criticada pelo governo e por representantes do setor produtivo brasileiro.

A presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, acusou o BC de ‘sabotagem do país’. O presidente do Sebrae, Décio Lima, alertou que qualquer retrocesso terá impactos negativos para os pequenos negócios, prejudicando o empreendedorismo, a geração de empregos e a distribuição de renda no país.

Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria, o atual estágio da Selic traz “severas restrições à atividade econômica brasileira”.

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