Sociedade
Voepass diz não saber o que provocou a queda de avião no interior de São Paulo
Segundo a empresa, a aeronave passou por uma manutenção de rotina na noite da quinta-feira 8, em Ribeirão Preto (SP)


A Voepass, empresa responsável pelo avião que caiu no interior de São Paulo nesta sexta-feira 9, deixando 61 mortos, afirmou não ter informações sobre a causa do acidente.
Em entrevista coletiva, o diretor de operações, Marcel Moura, disse não descartar qualquer hipótese até o momento – entre elas, uma distorção aerodinâmica decorrente da formação de gelo nas asas.
“Essa aeronave voa em uma faixa onde há uma sensibilidade maior à formação de gelo. A gente avaliou isso”, declarou Moura. “Era previsto gelo, diante da frente fria que se aproxima, mas dentro do aceitável para o voo.”
Segundo o CEO da companhia, Eduardo Busch, o avião passou por uma manutenção de rotina na noite da quinta-feira 8, em Ribeirão Preto (SP). De lá, partiu para Guarulhos (SP) e, em seguida, para Cascavel (PR), sem intercorrências.
Nesta sexta, a aeronave perdeu mais de 3 mil metros de altitude em cerca de um minuto, aponta um monitoramento da plataforma especializada Flight Aware. Ela decolou de Cascavel às 11h59 e deveria chegar a Guarulhos às 13h54.
Às 13h21, o avião estava a 16.950 pés de altitude (5.166 metros). Menos de um minuto e meio depois, registrava 5.900 pés (1.798 metros). A última atualização disponível aparece às 13:22:18.
O presidente Lula (PT) decretou luto oficial de três dias no País, em homenagem às vítimas.
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