Política

Delegados vão à Justiça contra Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val por ataques à PF

A entidade que representa a categoria apresentará representações contra os bolsonaristas no Conselho de Ética da Câmara

Delegados vão à Justiça contra Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val por ataques à PF
Delegados vão à Justiça contra Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val por ataques à PF
Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val — Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados/Waldemir Barreto/Agência Senado
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Delegados da Polícia Federal decidiram acionar a Justiça contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) por ataques a integrantes da corporação. A ofensiva jurídica foi aprovada em assembleia extraordinária da ADPF, associação que representa os delegados, na segunda-feira 5.

Nos próximos dias, a entidade apresentará representações contra os bolsonaristas no Conselho de Ética da Câmara e do Senado por quebra de decoro. Também deve ingressar com um pedido de indenização por danos morais contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pedir uma investigação contra Do Val na Procuradoria-Geral da República.

A reação, antecipada por CartaCapital na edição impressa, envolve uma série de ataques à PF feita pela dupla nos últimos meses. Eduardo se referiu à corporação em março como “cachorrinhos de Moraes”, em alusão a uma suposta submissão da corporação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O senador, por sua vez, tem usado suas redes sociais para atacar diretamente o delegado federal Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações que miram Bolsonaro e aliados, a exemplo do inquérito das joias sauditas. Uma das postagens feitas por Do Val mostra uma imagem de Shor em cartaz de “procurado”.

Na publicação, ele ainda fez um apelo nas entrelinhas aos fiéis do ex-presidente: “Este delegado, até então desconhecido, tem se ocultado das redes sociais, mas o Brasil precisa conhecer quem é o executor das ordens ilegais de Alexandre de Moraes”. À época, a ADPF chegou a divulgar uma nota contra o parlamentar.

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