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Gleisi volta a criticar Banco Central após ata do Copom indicar possível aumento da taxa de juros

Para a presidenta do PT, ‘ameaça’ da instituição é mais uma comprovação da ‘sabotagem’ liderada por Campos Neto contra o País

Gleisi volta a criticar Banco Central após ata do Copom indicar possível aumento da taxa de juros
Gleisi volta a criticar Banco Central após ata do Copom indicar possível aumento da taxa de juros
Gleisi, presidenta do PT, e Roberto Campos Neto, presidente do BC. Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados e Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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A presidenta do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, tornou a criticar o Banco Central após a divulgação da ata do Copom com a indicação de que o País pode ter um novo aumento da taxa de juros na próxima reunião da autoridade monetária. O documento foi divulgado pelo BC nesta terça-feira 6 e indica que o ‘Copom não hesitará’ em aumentar a Selic nos próximos encontros do colegiado.

Para Gleisi, o texto revela uma ‘arrogância extrema do Copom no projeto de sabotagem do País’. Ela tem usado o termo de forma recorrente após as reuniões do grupo.

Segundo defende a parlamentar, as justificativas apresentadas pelo comitê para manter a taxa de juros em 10,5%, em reunião finalizada na última quarta-feira 31, não encontram sustentação na realidade.

“Ata do Copom divulgada hoje é um tapa na cara do país. Todos os indicadores do país melhoram, a inflação segue abaixo do que o BC previa, o governo faz um esforço notável para cumprir as metas e o que faz o Copom? Aferra-se à maior taxa de juros do planeta e ainda ameaça aumentar mais quando lhe der na telha, mesmo com a possibilidade dos EUA baixarem os juros”, escreveu. “A arrogância extrema para sabotar o país”, concluiu Gleisi.

O comentário da deputada foi publicado nas redes sociais e responde diretamente aos argumentos listados pelo Copom no documento.

Segundo consta na ata, o Banco Central optou por manter a Selic em 10,5% após concluir que “as expectativas de inflação apresentaram desancoragem adicional” quando comparadas ao cenário visto na reunião anterior do grupo.

O Copom também citou incerteza sobre o mercado norte-americano e uma ‘percepção do mercado’ de que o governo federal ampliou gastos públicos, comprometendo o arcabouço fiscal.

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