Política

Operação mira milícia formada por PMs e GCMs que atua na Cracolândia, em São Paulo

O grupo é suspeito de vender ‘proteção’ a comerciantes contra criminosos e dependentes químicos que circulam na região, além de receptar roubo e vender armas

Operação mira milícia formada por PMs e GCMs que atua na Cracolândia, em São Paulo
Operação mira milícia formada por PMs e GCMs que atua na Cracolândia, em São Paulo
Ação da guarda civil metropolitana na cracolândia. Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil
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O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, deflagrou, nesta terça-feira 6, uma operação contra uma milícia que atuava na região da Cracolândia, na capital paulista. 

O grupo, formado por guardas-civis metropolitanos e policiais militares, é suspeito de vender ‘proteção’ a comerciantes contra outros criminosos e dependentes químicos que circulam na região. 

A ação, apelidada de Operação Salus et Dignitas (Segurança e Dignidade, na tradução livre), busca desarticular o que os promotores chamaram de “ecossistema criminoso” na região, controlada pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC. 

A megaoperação contou com a atuação de 1,3 mil agentes, 400 viaturas e um helicóptero. 

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão, 117 buscas e apreensões, e a interdição de 20 hotéis, cortiços e hospedarias, quatro estacionamentos, 15 ferros-velhos e oito lojas do local. 

Outros 44 estabelecimentos devem ser emparedados, segundo a decisão da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, que autorizou a ação. 

Os investigadores apontam que a milícia, além de impor a cobrança de pagamentos para a segurança dos comerciantes e ‘taxa’ para a distribuição de drogas, também atuava no comércio de peças de carros e motos, receptação de celulares roubados e venda de armas em uma rede de hotéis, lojas e ferros-velhos. 

Também foi detectada uma rede de prostituição nos hotéis e uso de trabalho infantil em uma indústria de reciclagem de propriedade do grupo criminoso. Usuários também trabalhavam na produção e eram pagos com drogas. 

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