Mundo
G7 pede que Venezuela publique resultados eleitorais transparentes
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória de Maduro nas urnas para um terceiro mandato de seis anos, após ter assumido o poder em 2013


Os ministros das Relações Exteriores do G7 pediram às autoridades venezuelanas, nesta quarta-feira (31), que publiquem “resultados eleitorais detalhados com total transparência”, após a vitória do atual presidente Nicolás Maduro nas eleições de domingo, em meio às denúncias de fraude da oposição.
“Fazemos um apelo às autoridades competentes que publiquem resultados eleitorais detalhados com total transparência e pedimos aos responsáveis (pelo processo eleitoral) que compartilhem imediatamente toda a informação com a oposição e observadores independentes”, afirmaram os ministros em comunicado divulgado pela presidência italiana do G7, também formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória de Maduro nas urnas para um terceiro mandato de seis anos, após ter assumido o poder em 2013.
Milhares de apoiadores da oposição saíram às ruas na Venezuela para reivindicar a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, e os protestos deixaram ao menos 12 mortos e centenas de presos.
“Os relatórios de observadores independentes nacionais e internacionais suscitaram sérias preocupações sobre os resultados anunciados”, declararam os ministros, citando “irregularidades e falta de transparência na apuração final dos votos”.
Os ministros do G7 expressaram sua “solidariedade” ao povo venezuelano e pediram “moderação” para buscar “uma solução pacífica, democrática e que seja liderada pela Venezuela”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Marina Silva elogia cautela de governo sobre Venezuela, mas dispara contra gestão de Maduro: ‘Não é democrática’
Por CartaCapital
Forças Armadas da Venezuela reafirmam lealdade a Maduro
Por Agência Brasil